O semanário escreve que o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva "tornou-se uma espécie de 'para-ministro'" e que "já acompanhou Costa em reuniões com empresários e já começou as reuniões com cada um dos ministros", a primeira das quais com o titular da pasta do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
"O senhor primeiro-ministro é aconselhado por quem acha que pode fazer esse trabalho, é livre de o escolher. O Bloco de Esquerda, naturalmente, negoceia com membros do Governo, como fez até agora e como mandam, aliás, as regras da boa transparência da nossa democracia", afirmou, salientando que "a figura de para-ministro não pode existir".
No Expresso escreve-se que Costa Silva já está a negociar um plano de retoma da economia e que se vai reunir com parceiros e partidos.
"As pessoas que têm competência para tomar decisões em Portugal, que estão sujeitas não só a um regime de incompatibilidades e impedimentos estritos como de transparência sobre os seus rendimentos são membros do Governo: ministros e secretários de Estado", apontou Catarina Martins.
Questionada sobre a hipótese de ser António Costa Silva a suceder ao atual ministro das Finanças, Mário Centeno, a coordenadora do Bloco afirmou não ter nenhum comentário, salientando que essa é uma decisão que compete ao primeiro-ministro.