PCP: "Salvaguarda da Saúde poderia ser garantida sem amordaçar direitos"
No regresso aos Comícios, o PCP disse não se calar "perante injustiças" e que não vai "permitir que se aprofundem as desigualdades", numa altura em que o país lida com a Covid-19.
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Política PCP
No regresso do PCP aos comícios, este domingo, depois da pandemia de Covid-19, Jerónimo de Sousa apontou que o partido "não se deixou chantagear, nem condicionar, perante as pressões daqueles que querem abrir espaço a soluções de retrocesso social".
"Ao mesmo tempo que exigíamos medidas da defesa da saúde, combatíamos o medo e o modernismo", indica o líder do partido comunista, dizendo que "denunciou e recusou o recurso a um desnecessário Estado de Emergência" porque "a salvaguarda da saúde pública poderia ser garantida sem amordaçar a iniciativa de exercício dos direitos dos trabalhadores".
O Partido Comunista indica que esteve na celebração do 1.º de Maio e está hoje no comício porque o partido não se cala "perante injustiças".
"Não vamos aceitar sem combate a destruição dos direitos laborais e sociais dos trabalhadores e do povo, não vamos permitir que se aprofundem as desigualdades. Estamos hoje aqui, porque é preciso continuar na linha da frente com confiança e luta por uma vida melhor, tendo no horizonte a construção de um Portugal com futuro", salientou.
O secretário-geral do PCP aponta a necessidade de continuar a agir "para salvaguardar a saúde e vida dos portugueses" e que por isso mesmo "apresentou um plano para reforçar o Serviço Nacional de Saúde".
"Um plano que exige o reforço imediato do financimento em pelo menos 25% do orçamento da saúde para 2020, pelo recrutamento dos profissionais em falta nos serviços e a sua valorização profissional, terminar com a precariedade dos vínculos laborais e pelo aumento no número de camas na rede hospitalar."
"Sabemos que o vírus não ataca todos por igual, estão mais expostos aqueles que são obrigados a trabalhar em condições de saúde degradadas e aqueles que têm de apanhar transportes públicos para trabalhar", aponta ainda Jerónimo de Sousa, exigindo medidas que colmatem estas fragilidades.
O líder do partido Comunista já tinha referido anteriormente que "não abdicava da atividade política como direito inalienável".
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