Bloco de Esquerda pede auditoria à gestão privada da TAP
Bloco de Esquerda reage ao anúncio relativamente ao futuro da TAP afirmando ter "dúvidas" que quer ver esclarecidas quanto ao plano de reestruturação e de gestão da empresa. Partido defende ainda que deve ser feita uma auditoria à gestão privada.
© Facebook/Isabel Pires
Política TAP
Reagindo ao anúncio feito ontem pelo ministro Pedro Nuno Santos sobre o reforço da posição do Estado na TAP, Isabel Pires disse que "ficam dúvidas" que o Bloco de Esquerda considera "essencial" esclarecer.
Sobre o plano de reestruturação, "é preciso que tenhamos uma orientação estratégica" para a companhia, uma empresa "estratégica para a economia", que "representa cerca de 2% do PIB" e que emprega "milhares de trabalhadores" diretos e indiretos.
Por isso, apontou a deputada numa reação na Assembleia da República, "é que é tão importante salvar a empresa", "mas não a todo o custo", notou.
Para o Bloco de Esquerda, o plano de reestruturação e o plano estratégico deve ser feito "salvaguardando, necessariamente, os milhares postos de trabalho".
Depois, prosseguiu, "é preciso esclarecer qual é que vai ser o plano de gestão". "Qual é que vai ser o modelo de gestão escolhido para a TAP. Do nosso ponto de vista, achamos que o controlo público, a gestão pública, é aquilo que salvaguarda o interesse".
A deputada bloquista defendeu ainda a importância de se realizar uma auditoria à gestão privada que a TAP teve até agora. "Este tipo de processos pode ocorrer ao mesmo tempo que outros processos de injeção de capital, como defendíamos caso existisse uma nacionalização, porque é importante que o país perceba exatamente o que é que se passou durante a gestão privada e, também, para salvaguardar parte do erário público" .
Isabel Pires salientou também que a privatização da companhia aérea "foi um erro tremendo" como se verificou até "ao dia de ontem". E o processo de renacionalização, afirmou, "também se prova agora foi bastante prejudicial para o interesse público".
O Governo anunciou esta quinta-feira que foi alcançado um acordo em que o Estado passará a deter 72,5% da TAP. "É uma boa solução", disse Pedro Nuno Santos em conferência de imprensa, ao lado do ministro das Finanças.
"De forma a evitar o colapso da empresa, o Governo optou por chegar a um acordo com os acionistas privados para comprar parte da sua posição por 55 milhões de euros. O Estado passa assim a ficar com 72,5% do capital da TAP, assegurando o controlo da empresa e pertencendo os restantes 27,5% a acionistas privados", afirmou João Leão.
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