Num comunicado enviado hoje, aquela Federação Distrital salienta que as duas empresas são fundamentais para o desenvolvimento do país e têm um especial impacto na dinamização da economia do distrito do Porto e da Região Norte.
No caso da TAP, os socialistas consideram que a recuperação do controlo da TAP por parte do Estado "afigura-se como determinante para a retoma da atividade da transportadora a partir do Aeroporto do Porto".
"Desde o primeiro momento, a Federação Distrital do Porto do PS confiou que o Governo iria encontrar a melhor solução para a TAP, na garantia de que a companhia aérea nacional assegure a coesão territorial e as ligações europeias e internacionais, essenciais no contexto da diáspora portuguesa e na relação com os Países de Língua Oficial Portuguesa", assinala o PS.
O distrital salienta, porém, que após cinco anos de gestão privada, a salvação da empresa com dinheiro público "apenas se justifica se a TAP conseguir, de facto, responder às necessidades de transporte aéreo de todo o país, e em particular da região Norte, incrementando os níveis de operacionalidade anteriores à crise provocada pela pandemia por covid-19".
Já no que respeita à nacionalização temporária da Efacec, "com vista ao seu ressurgimento económico e reprivatização sem custos adicionais para o erário público", o PS considera que a intervenção do Governo "permitirá estabilizar a situação frágil da empresa, afetada pelo chamado processo Luanda Leaks".
Para os socialistas, a salvaguarda da Efacec, "afirma-se como essencial para assegurar os postos de trabalho", bem como para desbloquear a sua atividade "manifestamente importante para o tecido empresarial português, para as exportações nacionais e para o futuro assente na sustentabilidade energética e ambiental e na mobilidade".
Nos dois casos, concluiu, a distrital, o Governo português demonstra estar empenhado na retoma económica do país, apostando na recuperação de setores fundamentais para restituir o caminho do crescimento económico interrompido pela crise pandémica.
O Governo anunciou na quinta-feira que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, ficando com 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros, com a aquisição da participação (de 22,5%) até agora detida por David Neeleman. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.