Apresentação para debate do plano de Costa Silva "será no final do mês"

O primeiro-ministro afirmou hoje que o documento divulgado do consultor do Governo António Costa e Silva é a versão preliminar do plano de recuperação que será apresentado no final do mês, seguindo depois para discussão pública.

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Lusa
10/07/2020 14:14 ‧ 10/07/2020 por Lusa

Política

Plano 2020/2030

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de hora e meia com o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, sobre a forma como está a ser combatida a convid-19 neste município da Área Metropolitana de Lisboa.

Questionado se o Governo subscreve o conjunto de propostas apresentadas pelo gestor António Costa e Silva, o primeiro-ministro advertiu que "foi feita uma apresentação preliminar do trabalho".

"Os diferentes ministros têm estado a apreciar esse trabalho, nos próximos dias vão enviar comentários a esse trabalho e o objetivo que temos é que no final do mês deste mês possa ser apresentado pelo professor António Costa e Silva para discussão pública antes de o Governo o poder apreciar definitivamente", disse.

Nessa fase, segundo o líder do executivo, o Governo vai então "incorporar" as medidas no desenho do programa de recuperação económica e também na proposta de Orçamento do Estado para 2021.

"Gostaria de sublinhar que aquilo que foi apresentado é uma primeira versão de trabalho, tendo em vista haver uma primeira contribuição, assim como tem estado a ser apresentado a outros agentes económicos, políticos e sociais. A apresentação para debate público será no final deste mês", reforçou.

Em relação ao documento preliminar de António Costa e Silva, o primeiro-ministro observou que "é mais noticioso transmitir a ideia de uma linha de comboio para aqui e de aeroporto acolá do que a complexidade que lhe é inerente".

"A linha fundamental daquele programa é um esforço muito grande de se apostar nos recursos naturais e na sua valorização, num grande esforço de reindustrialização e de reconversão industrial do país, tendo em vista recuperar a nossa autonomia produtiva num contexto de economia global. Eu diria que as infraestruturas são sobretudo auxiliares desta estratégia", sustentou.

António Costa, neste contexto, apontou que "as infraestruturas são essenciais para se chegar a outros sítios", caso dos portos ou da ferrovia, "que é fundamental para a transformação energética que terá de se operar".

"Quando no final do mês for possível uma leitura global, ficaremos com uma visão mais clara do que é o plano. Aí ficará para discussão pública e o Governo, em função daquilo que for o enriquecimento desse debate, cá estará para desenhar os instrumentos de política que são urgentes desenhar para a recuperação económica do país e que terá traduções múltiplas, desde logo no Orçamento do Estado para 2021", acrescentou.

 

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