Depois de as deputadas do Bloco de Esquerda Beatriz Dias e Mariana Mortágua, a deputada não inscrita (ex-Livre) Joacine Katar Moreira e mais sete ativistas terem sido ameaçadas, João Cotrim Figueiredo recorreu às redes sociais para condenar o racismo.
Para o líder partidário, "quem usa o racismo, o colectivismo mais primário, como causa identitária para dividir a sociedade terá sempre o nosso maior repúdio. Nada é mais contrário ao Liberalismo".
O Iniciativa Liberal expressa, desta forma, "solidariedade com as deputadas ameaçadas e apela à rápida atuação das forças de investigação".
Recorde-se que as ameaças chegaram através de um email enviado à SOS Racismo na passada terça-feira, a partir de um endereço criado num 'site' de 'e-mails' temporários. A missiva foi assinada pela 'Nova Ordem de Avis -- Resistência Nacional', a mesma designação de um grupo que reclamou, na rede social Facebook, ter realizado, de cara tapada e tochas, uma "vigília em honra das forças de segurança" em frente às instalações da SOS Racismo, em Lisboa.
Quem usa o racismo, o colectivismo mais primário, como causa identitária para dividir a sociedade terá sempre o nosso maior repúdio. Nada é mais contrário ao Liberalismo.A IL expressa solidariedade com as deputadas ameaçadas e apela à rápida atuação das forças de investigação.
— João Cotrim Figueiredo (@jcf_liberal) August 13, 2020
"Informamos que foi atribuído um prazo de 48 horas para os dirigentes antifascistas e antirracistas incluídos nesta lista, para rescindirem das suas funções políticas e deixarem o território português", lê-se no e-mail em causa, a que a Lusa teve acesso.
No e-mail, refere-se que se o prazo for ultrapassado "medidas serão tomadas contra estes dirigentes e os seus familiares, de forma a garantir a segurança do povo português" e que "o mês de agosto será o mês do reerguer nacionalista".