"Primeiro-ministro tem obrigações públicas e não pode ter esta linguagem"
Hélder Amaral fez uma publicação no Facebook onde reage ao facto de António Costa ter chamado "cobardes" aos médicos numa conversa em 'off' com jornalistas do Expresso. "A gravação é desleal, mas o curioso é que noutro governo abriria noticiários em 'prime time'", destaca.
© Global Imagens
Política Hélder Amaral
Hélder Amaral foi uma das vozes a reagir à polémica em que António Costa está envolvido após ter chamado "cobardes" numa conversa em 'off' com jornalistas do Expresso. "Não podemos considerar que o primeiro-ministro é o político mais experiente no activo, para depois achar que não sabia que é normal no fim das entrevistas que haja conversa, muitas vezes para reforçar a ideia que se quer passar, como parece ser o caso", refere o político.
O ex-deputado do CDS considera, numa nota publicada no Facebook onde partilha também o polémico vídeo, que o "primeiro-ministro tem obrigações e responsabilidades pública e não pode ter esta linguagem!"
"A gravação é desleal, mas o curioso é que noutro governo abriria noticiários em 'prime time'. Voltamos ao tempo do 'quem se mete com o PS leva'", termina a mensagem.
Um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, em que se ouve António Costa a chamar "cobardes" aos médicos na sequência do surto em Reguengos de Monsaraz, levou a uma onda de reações por parte de partidos e sindicato. "É que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos, cobardes, não fizeram", foram as palavras do primeiro-ministro.
O semanário Expresso, a quem o chefe do Governo deu uma entrevista que foi publicada este fim de semana, já veio a público "repudiar" a divulgação das imagens em que as controversas palavras são proferidas e afirmar que não tem responsabilidade no sucedido.
De recordar que, no início de agosto, o Ministério Público (MP) instaurou um inquérito sobre o surto de Covid-19 num lar em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, que já provocou 18 mortos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com