O primeiro-ministro está a receber, esta sexta-feira, em São Bento, os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de Covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.
O primeiro a ser ouvido foi Rui Rio, que se fez acompanhar pelo vice-presidente do PSD Salvador Malheiro e pelo deputado e médico Ricardo Baptista Leite. À saída do encontro, em declarações aos jornalistas, o líder do PSD mostrou-se preocupado com o aumento de casos do novo coronavírus no nosso país e reiterou que Portugal não pode voltar a fechar pela saúde da economia, mas o melhor para os portugueses é que tudo voltasse a fechar, como aconteceu na primeira vaga.
"Infelizmente o Estado de Emergência hoje não pode ser como foi em março e abril", disse, acrescentando que "deveria ser, mas a economia não tem capacidade para aguentar".
Questionado acerca da posição do PSD sobre um eventual novo Estado de Emergência, Rui Rio não descarta o apoio. "Estaremos sempre do lado da solução", afirmou, explicando que serão aplicadas restrições aos concelhos mais afetados, com respostas específicas adequadas à gravidade.
O líder do PSD comprometeu-se ainda a formalizar, nos próximos dias, sugestões que fez hoje ao Governo, que não detalhou, mas disse não serem ao nível 'macro', mas num patamar intermédio.
"Esta medida que é mais evidente que está em cima da mesa, ir monitorizando concelho a concelho e ir avaliando as medidas necessárias, parece-nos inteligente e equilibrada", disse.
Rui Rio foi o primeiro líder partidário a ser recebido em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.
As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária.