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"Não conto ter toda a gente comigo. Mas também sei que não estou sozinho"

Adolfo Mesquita Nunes foi uma das 52 personalidades portuguesas do centro-direita que assinaram uma carta aberta divulgada, ontem, sobre uma "deriva" e uma "amálgama" entre os "partidos moderados" e "a direita autoritária". Ex-vice-presidente do CDS falou do manifesto como um passo consequente do caminho que tem vindo a traçar em mais de 20 anos de militância política.

"Não conto ter toda a gente comigo. Mas também sei que não estou sozinho"
Notícias ao Minuto

08:36 - 11/11/20 por Notícias ao Minuto

Política Adolfo Mesquita Nunes

Adolfo Mesquita Nunes, ex-vice presidente do CDS, fez um comentário sobre a carta aberta intitulada 'A clareza que defendemos', que subscreveu ao lado de mais de cinco dezenas de figuras, na qual é deixado um alerta para "uma inquietante deriva e uma insustentável amálgama na política" entre as "forças da direita autoritária e partidos conservadores, liberais, moderados e reformistas". 

"Este texto é mais um dos passos deste meu percurso, e vem na linha de tudo o que, de forma correcta ou errada, fui fazendo e dizendo. Não conto ter toda a gente comigo, como nunca contei. Mas também sei que não estou sozinho", afirmou o centrista, num texto divulgado, ontem, na sua página oficial do Facebook.  

Para Mesquita Nunes, este manifesto é mais uma consequência do "percurso político" que tem vindo a traçar. Recordando que é militante há mais de 20 anos no CDS, o advogado sublinhou que, até hoje, participou "em centenas de debates parlamentares contra a esquerda", que exerceu funções governativas, nas quais colocou "em prática o liberalismo" que defende, apresentou "propostas políticas e legislativas em nome dos valores" em que acredita e, "é à direita", acabou de escrever um livro "sobre a importância do mundo aberto e global para a prosperidade das nossas sociedades".

"E quando olho para trás, há um fio comum que noto, que não é meu exclusivo nem admite apenas ideias iguais às minhas: a liberdade", concluiu, partilhando a carta aberta, divulgada esta terça-feira, no jornal Público

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