Bruno Fialho acusa Governo de "arruinar" pequenos e médios empresários
O candidato presidencial Bruno Fialho criticou hoje as medidas tomadas pelo governo no âmbito do estado de emergência, considerando que não se pode continuar a "arruinar" os pequenos e médios empresários em detrimento dos interesses "dos grandes grupos empresariais".
Política Covid-19
"Não podemos continuar a arruinar a economia nacional e os pequenos/médios empresários ou deixar de proteger os trabalhadores, mantendo o favorecimento criminoso dos interesses obscuros que dominam a nossa política há décadas", pode ler-se na nota que cita o também presidente do Partido Democrático Republicano (PDR).
Apontando que as medidas previstas no estado de emergência destinam-se a "salvaguardar e promover os interesses económicos dos grandes grupos", Bruno Fialho considera ainda "inadmissível que um hipermercado ou centro comercial possam permanecer abertos aos fins de semana e que a restauração tenha de encerrar às 13 horas", referindo-se às medidas que estarão em vigor nos próximos dois fins de semana.
"Os partidos com assento parlamentar que votaram a favor ou que se abstiveram no decretar deste estado de emergência, passando um cheque em branco ao Governo, também têm responsabilidades no que se está a passar", acusa ainda o candidato presencial.
Para o líder do PDR, é prioritária a contratação imediata de mais profissionais de saúde, a "construção imediata de hospitais de campanha", "reabertura dos hospitais que foram colocados ao abandono" bem como a construção "dos novos hospitais que já estão em fase final de projeto há anos".
Na madrugada de domingo, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a circulação estará limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira nos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus.
Segundo o decreto que regula a aplicação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, que entrou em vigor na segunda-feira, são permitidas as "deslocações a mercearias e supermercados e outros estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais".
O Governo decretou também o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,28 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 3.181 em Portugal.
Portugal contabiliza pelo menos 3.181 mortos associados à covid-19 em 198.011 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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