Em comunicado, o gabinete de imprensa do PCP transmitiu o resultado da reunião de dois dias, em Lisboa, que este domingo terminou, tendo sido "aprovada a proposta de resolução política a submeter ao XXI Congresso, assim como a lista de composição do novo comité central a ser eleito".
A lista só será divulgada, na íntegra, na edição de quinta-feira do Avante, jornal oficial do partido.
O comité central "sublinhou a determinação do PCP em realizar o XXI congresso com todas as necessárias medidas de proteção sanitárias que a atual situação [de epidemia] exige" e prometeu que será "um momento de reflexão e luta onde se discutem e constroem as soluções para o país e as respostas necessárias" para enfrentar a crise causada pela pandemia.
O congresso do PCP, com metade dos delegados, está envolto em polémica por acontecer em pleno estado de emergência devido ao surto epidémico.
PSD e CDS, por exemplo, criticaram os comunistas e o Governo por não impedirem a sua realização.
No sábado, o primeiro-ministro, António Costa, escusou-se a comentar a realização de reuniões de partidos como o congresso do PCP, defendendo que a lei do estado de emergência "é clara e taxativa" ao impedir que sejam proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização.
O regime legal do estado de sítio e do estado de emergência estabelece que "as reuniões dos órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações profissionais não serão em caso algum proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização prévia".
O XXI congresso nacional do PCP vai decorrer entre sexta-feira e domingo, em Loures.