CDS-PP pede ao Governo "humanidade e bom senso" nas medidas para o Natal

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu hoje ao Governo que tenha "sensibilidade, humanidade e bom senso" na definição das medidas para controlo da pandemia que vão estar em vigor no Natal.

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Lusa
02/12/2020 20:26 ‧ 02/12/2020 por Lusa

Política

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"Eu acho que o Natal é uma quadra importantíssima do ponto de vista familiar, sendo a família a célula fundamental da nossa sociedade, e também religioso. Para muitas famílias, pode ser o último Natal que passarão juntas, portanto o Governo tem que ter muita sensibilidade, humanidade e bom senso na forma como vai preparar essas medidas", defendeu o líder centrista.

Francisco Rodrigues dos Santos, que falava à agência Lusa no final de uma reunião com a Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, pediu ao executivo de António Costa que dialogue "com a oposição, para que os partidos com representação parlamentar consigam compreender a lógica que está por trás" das medidas e instou a um "espírito de unidade nacional, que passa por uma comunicação acima de qualquer dúvida e de qualquer suspeita".

"As medidas têm de ser, de facto, eficazes, fundamentadas do ponto de vista científico, com a máxima razoabilidade, justiça e bom senso, caso contrário vamos ter fraturas sociais, vamos ter uma contestação maior nas ruas, e um sentimento de injustiça a pairar sobre a generalidade dos portugueses, e isso é tudo aquilo que queremos evitar", alertou.

O líder democrata-cristão salientou que "é importante que os portugueses compreendam que são estritamente necessárias" as restrições que possam vir a ser implementadas, "e que são sacrifícios e esforços que vão valer a pena atendendo a um contexto de coesão nacional" e para salvar vidas.

"Existe na sociedade uma grande fadiga e desconfiança sobre a comunicação do Governo e a razoabilidade das medidas que têm que, de uma vez por todas, ser dissipadas, sob pena de termos portugueses contra portugueses", defendeu.

O líder centrista pediu "toda a transparência ao Governo" e reiterou que "o CDS quer perceber quais são estas medidas" antes da votação de uma eventual renovação do estado de emergência, porque recusa "passar cheques em branco ao Governo".

"Estamos ao lado do Presidente da República sobre a necessidade de haver um estado de emergência para aplicar medidas que consigam achatar a curva dos contágios, mas não podemos estar ao lado de um Governo que oculta da oposição as medidas que vai tomar", atirou, salientando que "os partidos políticos não podem subscrever algo vazio e que desconhecem".

Na ótica de Rodrigues dos Santos, "é fundamental perceber qual é a racionalidade dessas medidas, e a sua fundamentação científica", sobretudo "quando este Governo já mostrou que está desnorteado, fica sempre a meio da ponte entre as medidas que toma e as que deveria tomar, e cuja eficácia das medidas é bastante discutível".

"Este Governo está constantemente atrasado no ataque à pandemia, tem sido muito incompetente a comunicar, com várias contradições, não consegue compensar os setores mais afetados, como se viu por exemplo o caso da restauração, e continua a perder a confiança dos portugueses, que é essencial para combater esta pandemia", criticou igualmente.

Portugal contabiliza pelo menos 4.645 mortos associados à covid-19 em 303.846 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Leia Também: CDS defende plano de vacinação "responsável" que "dê segurança"

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