Natal? "Porta aberta" deve ser "só uma pequena frecha"

Francisco Louçã considerou que a abertura que o Presidente da República mostrou hoje quanto às novas medidas, que podem vir a prever um alívio das restrições no Natal, dificilmente serão "aquilo que as pessoas quereriam".

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Notícias ao Minuto
04/12/2020 23:17 ‧ 04/12/2020 por Notícias ao Minuto

Política

Covid-19

O discurso desta sexta-feira do Presidente Marcelo, que decretou o sexto Estado de Emergência devido à pandemia de Covid-19, teve "muito realismo". Francisco Louçã acredita que a "porta aberta" que o chefe de Estado deixou para o Natal deve ser "só uma pequena frecha, não se deve ir mais longe do que isso".

O elevado número de infetados com Covid-19 e de mortos que Portugal tem registado demonstra, como considerou o bloquista no seu habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias, "a permanência do problema".

E em dezembro é expectável que o cenário se mantenha. "Vamos ter um número elevado de casos e muitos mortos. Isso é um peso muito grande sobre a população portuguesa e por isso todos os alertas são justificados".

O Estado de Emergência hoje aprovado pela Assembleia da República, contrariamente ao que é habitual, terá uma abrangência maior. Apesar de prever, para já, a renovação por 15 dias, é sinalizado já outro prolongamento, até 7 de janeiro, permitindo assim ao Governo adotar medidas abrangendo o Natal e Ano Novo.

No entendimento do comentador político, apesar desta definição temporal mais prolongada, Marcelo "não foi muito claro sobre o que acontecerá no Natal", já que "é o Governo que tem de administrar [a situação]".

O chefe de Estado deixou, porém, a 'porta aberta' a que as medidas adotadas para combater o surto possam ser aliviadas na época festiva que se aproxima. O antigo líder partidário considera, neste sentido, que é "muito duvidoso que essa abertura no Natal possa ser aquilo que as pessoas quereriam. Mais provavelmente haverá uma indicação para as famílias não se encontrarem todas ao mesmo tempo, que se dividam em grupos e que esses não tenham contacto direto".Francisco Louçã reconheceu que, no cenário de pandemia, há "bons sinais" a destacar, nomeadamente o facto de "começar a ser aplicada a vacina a partir de janeiro". O "problema", lembrou ainda, é que este processo de vacinação "vai demorar muito tempo. No verão, na melhor das hipóteses, teremos metade da população [prioritária], que o deseje, já vacinada".

O Governo irá reunir-se, no sábado, para mais um Conselho de Ministros. Pelas 15h, o primeiro-ministro irá comunicar as medidas que vão vigorar durante o próximo Estado de Emergência.

Leia Também: "Facilidade é errada e toda a prevenção é imperativa" em dezembro e 2021

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