"Governo continua a correr atrás do prejuízo, sem prever o previsível"
O presidente do CDS-PP responsabilizou hoje o Governo pela necessidade de um novo confinamento devido à covid-19, e acusou o executivo de ser "incompetente", e de não ter sido "capaz de planear os efeitos desta pandemia".
© Global Imagens
Política CDS-PP
Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, depois de ter estado reunido com a Federação Portuguesa pela Vida, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que "o Governo está a cometer os mesmos erros pela terceira vez consecutiva, na primeira, na segunda e na terceira vaga do vírus".
"E quando as autoridades relaxam, a fatura é aquela que estamos a pagar hoje, com o maior números de contágios registados durante a pandemia, e também o número mais elevado de mortes", assinalou, defendendo que "o Governo continua a correr atrás do prejuízo, sem prever aquilo que é previsivelmente previsível, e a ter uma incapacidade crónica em planear".
Na ótica do presidente do CDS-PP, "isto não é só culpa da pandemia, isto também é socialismo".
Apontando que o primeiro-ministro admitiu, em julho, que o país não aguentaria um novo confinamento como aquele decretado quando o novo coronavírus chegou a Portugal, o líder centrista criticou que "neste momento as pessoas, as famílias e as empresas terão muito provavelmente que aguentar um novo confinamento, porque o governo falhou, errou, foi incompetente, e não foi capaz de planear os efeitos desta pandemia, levando ao colapso o SNS".
Francisco Rodrigues dos Santos justificou esta acusação apontando que o executivo não acolheu a proposta do CDS para uma contratualização de cuidados de saúde privados, e "não deu resposta competente nos lares - prometeu brigadas que foram lentas, que ainda não chegaram ao terreno e continuam a ser incapazes de impedir uma escalada de mortalidade nos mais idosos".
O presidente do CDS lamentou também que "os inquéritos de saúde continuam a amontoar-se", e que não esteja a ser possível "em tempo útil conseguir impedir as cadeias de transmissão do vírus", pedindo a contratação de mais recursos humanos.
O democrata-cristão frisou que o seu partido alertou que o colapso do Serviço Nacional de Saúde "iria acontecer se o Governo continuasse a concentrar a resposta à pandemia apenas no setor público e não contratualizasse com o setor social e particular", e que avisou que "era preciso respostas rápidas e adequadas para a situação dos lares, para não continuar a ocorrer surtos e para que mais de 40% das mortes não fossem registadas em idosos institucionalizados".
Porém, "o Governo nada fez", o que resultou numa "banca rota moral nos lares".
"No caso da economia, também há muito tempo que vimos avisando que é necessário que os apoios cheguem às empresas, para lhes dar liquidez e tesouraria para vencerem esta situação de austeridade que estão a atravessar", acrescentou.
Apontando que "o Governo não decidiu nada" e não fez o que "deveria fazer numa altura como estas", Francisco Rodrigues dos Santos realçou que, "infelizmente, os resultados estão à vista, e muito provavelmente" será necessário "um novo confinamento".
Em Portugal, morreram 7.803 pessoas dos 483.689 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
O estado de emergência decretado em 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.
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