Samuel Estrada, eleito em janeiro de 2020, assumiu "todas as responsabilidades do insucesso" do seu mandato, tendo apresentado a demissão numa reunião daquele órgão socialista realizada na quinta-feira à noite.
"Reconheço que não consegui unir e pacificar as diversas fações do partido em torno de um compromisso político coletivo, duradouro e alternativo ao modelo de governação autárquica a que estamos condenados há 24 anos", afirmou.
A cerca de oito meses das eleições autárquicas e sem candidato apresentado, o agora ex-lider da concelhia referiu que tinha que "tirar consequências" da atual divisão do PS em Vila Verde.
"O projeto político que defendi não mereceu a adesão e mobilização que esperava, pelo que não me é possível deixar de retirar daí as devidas conclusões e consequências", explicou.
O socialista diz que a sua demissão tem em conta "o melhor para o partido e para o concelho".
Samuel Estrada chamou a atenção para a necessidade de um "PS unido e capaz de acudir aos grandes anseios dos vilaverdenses".
"Espero, assim, que esta decisão reforce o sentido de responsabilidade e de solidariedade de todos os socialistas. Afinal de contas, a democracia não é um sistema acabado, falta sempre alguma coisa para cada um de nós completar", concluiu Samuel Estrada.
Há 24 anos que a autarquia é gerida sucessivamente pelo PSD, tendo o PS no atual executivo três vereadores.