BE só dá prioridade a Ferro e recusa vacinas para os seus deputados

O Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje que apenas deve ser dada prioridade ao presidente da Assembleia da República na vacinação contra a covid-19 e recusa que sejam vacinados os seus deputados.

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Lusa
29/01/2021 12:44 ‧ 29/01/2021 por Lusa

Política

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Esta foi a posição do BE transmitida ao presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, que hoje deverá informar quem deve ter prioridade a ser vacinado na Assembleia da República.

Na carta, os bloquistas defendem que "a vacinação dos titulares de altos cargos públicos deve ser bastante circunscrita" e que, no caso do parlamento, "a prioridade deveria ser atribuída apenas ao presidente da Assembleia da República".

Desta forma, a bancada do BE "entendeu, em decisão unânime, não participar no plano de vacinação prioritária a realizar na Assembleia da República".

Assim, todos os deputados do Bloco de Esquerda "serão vacinados, sem exceção, na fase de vacinação correspondente à sua idade e condição de saúde e no quadro do plano de vacinação que está em curso para toda a população".

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, vai responder hoje à carta do primeiro-ministro endereçada ao parlamento, especificando quais os deputados e funcionários daquele órgão terão prioridade para a vacinação contra a covid-19, tinha anunciado quinta-feira a porta-voz da conferência de líderes, Maria da Luz Rosinha.

"É um processo de vacinação cuja escolha dos destinatários não é propriamente fácil, o senhor Presidente [da Assembleia da República] pediu um voto de confiança para preparar uma resposta ao senhor primeiro-ministro que será dada amanhã [sexta-feira]", disse.

Além de deputados, deverão ser vacinados no parlamento alguns funcionários "que garantam o normal funcionamento da Assembleia".

Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, divulgado na quinta-feira.

Segundo o boletim, registou-se um novo máximo de mortes em 24 horas, 303, e estavam internadas 6.565 pessoas, menos 38 em relação a quarta-feira, das quais 782 em unidades de cuidados intensivos.

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