Liberais pedem responsabilidades políticas a Costa por gestão nas vacinas
A Iniciativa Liberal (IL) exigiu hoje ao primeiro-ministro que assuma "as suas responsabilidades pela gestão calamitosa do plano de vacinação" contra a covid-19 e que está a "minar a confiança" dos portugueses no "combate à pandemia".
© Global Imagens
Política Covid-19
Em comunicado, a IL exige a António Costa que "abandone definitivamente a abordagem arrogante e propagandística" e que "assuma as suas responsabilidades pela gestão calamitosa", sem, no entanto, retirar qualquer conclusão.
Os liberais também consideram "intolerável" que o coordenador do plano de vacinação, Francisco Ramos, "se permita insultar os portugueses que manifestam preocupação com o rumo do processo, colando-lhes intenções e agendas políticas para esconder a sua evidente incompetência", numa referência à entrevista que deu no sábado à SIC-Notícias.
Nessa entrevista, Francisco Ramos condenou os episódios de vacinação de pessoas que não estavam entre os grupos prioritários desta primeira fase, como aconteceu na delegação do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no Porto e na Segurança Social de Setúbal, e admitiu que venham a tomar a segunda dose, recusando qualquer lógica de "justiça popular".
"Não cabe a esta estrutura infligir castigos nessa matéria. Essa pergunta explica um pouco aqueles 11% ou 12% nas eleições presidenciais do passado domingo, um espírito vingativo que não me parece que seja muito bom para uma sociedade solidária como a nossa", disse, numa referência a André Ventura, o candidato apoiado pelo Chega.
"Inaceitável" é como a IL qualifica "o planeamento de distribuição das vacinas" por não incluir "uma metodologia de gestão das sobras que permita assegurar que não se desperdiçam doses não utilizadas e que não há aproveitamentos oportunistas ligados a lógicas de proximidade profissional, pessoal, familiar ou partidária".
No comunicado, os liberais criticam e consideram "incompreensível" que pessoas com mais de 80 anos, só tenham "sido incluídos numa das prioridades mais altas depois de o Governo ter sido pressionado pela Comissão Europeia".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Leia Também: Iniciativa Liberal propõe medidas para combater problemas de saúde mental
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com