PCP critica atraso do Governo nas medidas do Orçamento para a Saúde

O secretário-geral do PCP criticou esta terça-feira o atraso do Governo por não ter posto ainda em prática "medidas e financiamentos" previstos no Orçamento do Estado de 2021 para dar "acelerar respostas" à crise criada pela pandemia.

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Lusa
02/02/2021 17:03 ‧ 02/02/2021 por Lusa

Política

Covid-19

 

"Quando há um défice de execução, alguma coisa se torna incompreensível", afirmou Jerónimo de Sousa numa conferência de imprensa, na sede do partido, em Lisboa, sobre a situação na saúde e em que criticou também a baixa execução orçamental de 2020 - verbas previstas que não foram gastas.

Para o líder comunista, "o Governo deveria ser mais audacioso na concretização das medidas previstas e verbas alocadas para, em tempos de emergência, pelo menos, criar condições para a melhoria do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na resposta a este problema epidémico".

O "combate sem tréguas à pandemia", insistiu, centrado no apoio sanitário e reforço do SNS, passa pela contratação de mais profissionais de saúde, melhorar as condições de internamento e cuidados intensivos, com "a abertura de mais 200 camas até meados de fevereiro", e a "mobilização" de pessoal e meios com o "recrutamento dos 500 profissionais em falta" na estrutura de saúde pública.

Outra das medidas é "incentivar o regresso a Portugal de parte dos mais de 20 mil médicos e enfermeiros" que emigraram, garantindo-lhes "segurança do emprego" e uma "carreira justa e atrativa".

De resto, Jerónimo de Sousa repetiu e insistiu noutras propostas que o PCP foi fazendo nas últimas semanas, como a garantia de salário pago "a 100% e não a 66,6% como o Governo decidiu", aos pais que têm de ficar em casa com crianças até à idade de 16 anos e não 12 anos "como está definido", devido ao ensino à distância.

Perante a situação de crise no país, são necessárias "medidas excecionais" de proteção da saúde", mas que não se "transformem em arma de arremesso de para atropelar direitos e garantias dos trabalhadores" ou para "encerrar empresas que fazem falta".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O país, em estado de emergência, decretado pela 10ª vez desde o início da crise pandémica, em março de 2020, está a viver em confinamento geral devido ao agravamento da crise epidémica.

[Notícia atualizada às 17:57]

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