"Hoje tenho a honra de poder contar com o Pedro Melo, que convidei para vice-presidente do partido", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos numa declaração no arranque do Conselho Nacional de hoje.
Pedro Melo fez parte do Conselho de Jurisdição Nacional quando Assunção Cristas era presidente do CDS-PP, tendo-se demitido no final de 2019 por discordar da forma como estava ser conduzido o processo de refiliação do antigo líder do partido Manuel Monteiro, e integrou igualmente a direção de Ribeiro e Castro.
Além do novo vice-presidente, o líder do CDS-PP propôs também aos conselheiros os novos membros da Comissão Política Nacional, que vão ocupar os lugares que ficaram vagos na sequência das demissões que ocorreram maioritariamente entre o final de janeiro e o início de fevereiro, depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.
Também o até então vice-presidente Filipe Lobo d'Ávila, do grupo Juntos pelo Futuro, demitiu-se em 28 de janeiro.
Na sua intervenção, o presidente do CDS-PP afirmou que convidou para a sua direção "quadros novos mas também antigos", que premiou o "esforço dos dirigentes locais" e apostou "na diversidade".
Apontando que as suas escolhas também respeitam "a representatividade geográfica", frisou que "enquanto for presidente" o CDS-PP vai construir-se "sempre de baixo para cima".
Em ano de eleições autárquicas, o presidente centrista apostou em dirigentes distritais e concelhios para se juntarem ao órgão mais alargado da direção.
Francisco Rodrigues dos Santos propôs também para novos vogais da Comissão Política Nacional Ricardo Silva, (presidente da distrital de Aveiro), Paulo Sousa (presidente da distrital de Viana do Castelo), Jorge Alexandre Almeida (presidente da distrital de Coimbra), António Pinto Moreira (presidente da concelhia de Oliveira de Azeméis), Jorge Santos (presidente da concelhia de Loures e que será candidato à câmara municipal), João Pedro Galhofo (presidente da concelhia de Odivelas), José Marcelo Mendes Pinto (antigo deputado e presidente do plenário concelhio do Porto), Rui Tabarra e Castro (secretário da concelhia de Oeiras), Margarida Bentes Penedo (deputada municipal em Lisboa) e José Paulo Areia de Carvalho (antigo deputado e membro da concelhia do Porto).
"Para cumprir o papel que os portugueses esperam do CDS, apresentamos uma estrutura renovada e reforçamos a mobilização do partido em ano autárquico, com um forte envolvimento das nossas estruturas locais com a estratégia nacional do partido para as eleições autárquicas", salientou o líder do CDS-PP, indicando que com este reforço fica resposta "a normalidade do funcionamento do partido".
No que toca às autárquicas, Rodrigues dos Santos afirmou que quer um CDS "capaz de se afirmar nas autarquias locais", com "protagonistas a quem os eleitores reconheçam empenho, mérito e convicção, por uma direita popular enraizada em todo o país", e indicou estar "a trabalhar diariamente com as estruturas locais, e em todos os concelhos" com vista à vitória do centro-direita.
Na sua intervenção, o presidente do CDS reiterou ainda as críticas ao Governo pela gestão da pandemia e pela divisão dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.
O Conselho Nacional do CDS-PP - órgão máximo entre congressos - está reunido desde cerca das 21:00, por videoconferência, tendo como único ponto da ordem de trabalhos a eleição dos novos membros da Comissão Política Nacional.
Apesar de a reunião decorrer à porta fechada, a intervenção inicial de Francisco Rodrigues dos Santos, feita a partir da sede do partido, em Lisboa, foi aberta à comunicação social.
[Notícia atualizada às 23h31]
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