Moedas respeita decisão da IL mas diz que "nada mudou"
O candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas afirmou hoje respeitar a decisão da Iniciativa Liberal de não integrar a coligação que pretende formar, mas considerou que "nada mudou".
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Política Autárquicas
"Para mim nada mudou. Respeito democraticamente a decisão da IL. O meu projeto de mudança cresce todos os dias com apoios das mais diversas áreas", referiu o ex-comissário europeu, numa publicação na sua conta da rede social Twitter.
Para Moedas, a sua candidatura, que deverá receber em breve o apoio do CDS-PP e de outros partidos sem assento parlamentar, é a única que pode "derrotar a governação de Fernando Medina".
"Cada um de nós, lisboetas, tem a responsabilidade desta escolha", defendeu.
A Iniciativa Liberal recusou hoje integrar a coligação autárquica à Câmara de Lisboa encabeçada por Carlos Moedas e decidiu apresentar um candidato próprio, Miguel Quintas, anunciou o presidente do partido, João Cotrim Figueiredo.
A decisão foi tomada pela Comissão Executiva que hoje se reuniu, por proposta do núcleo de Lisboa da Iniciativa Liberal, tendo sido anunciado igualmente o nome que vai ocupar o segundo lugar na lista dos liberais, Ana Pedrosa-Augusto, que foi vice-presidente eleita no primeiro congresso do Aliança.
"Que não fiquem dúvidas nenhumas: é uma decisão difícil, mas certa e que o grande objetivo que temos ao tomá-la é tirar da câmara o PS que há 14 anos a governa e o atual presidente que há seis anos a governa", sublinhou o presidente e deputado dos liberais.
O ex-comissário europeu Carlos Moedas foi apresentado em 25 de fevereiro como candidato do PSD à Câmara de Lisboa e recebeu no dia seguinte o apoio do presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que disse que o seu nome merecia "um sólido consenso" para encabeçar uma candidatura conjunta.
Na apresentação das razões da sua candidatura, na quinta-feira, Moedas afirmou que o objetivo da sua candidatura é congregar as forças "não socialistas, moderadas e progressistas" da cidade e derrotar o PS, na autarquia há 14 anos, e disse ter já recebido o apoio do PPM, do MPT e da Aliança.
Nas últimas autárquicas, em 2017, PSD e CDS-PP concorreram separados à Câmara Municipal de Lisboa, numas eleições ganhas pelo socialista Fernando Medina, que obteve 42% dos votos e perdeu a maioria absoluta na capital.
A então líder do CDS-PP Assunção Cristas ficou em segundo lugar, com 20,6% (perto de 52 mil votos), numa candidatura apoiada também por MPT e PPM e que elegeu quatro vereadores.
Nessa eleição, o PSD teve como candidata a então deputada Teresa Leal Coelho, que ficou em terceiro lugar, com 11,2% (correspondentes a pouco mais de 28 mil votos), elegendo dois vereadores.
Para mim nada mudou. Respeito democraticamente a decisão da IL. O meu projeto de mudança cresce todos os dias com apoios das mais diversas áreas. Somos os únicos que podemos derrotar a governação de Fernando Medina. Cada um de nós, Lisboetas, tem a responsabilidade desta escolha.
— Carlos Moedas (@Moedas) March 6, 2021
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