"Estou muito convencido de que vamos conseguir ganhar" a Câmara de Lisboa

Carlos Moedas reiterou que a decisão de ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa foi a "mais difícil" da sua vida. O ex-comissário europeu disse ainda, em entrevista à RTP, que acredita que irá derrotar Fernando Medina nas urnas porque os lisboetas querem uma alternativa depois de 26 anos de governação socialista.

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Notícias ao Minuto
10/03/2021 23:37 ‧ 10/03/2021 por Notícias ao Minuto

Política

Carlos Moedas

Carlos Moedas, ex-comissário europeu e candidato à Câmara Municipal de Lisboa, apoiado pelo PSD e pelo CDS, mostrou-se confiante sobre uma eventual vitória nas eleições autárquicas, previstas para setembro ou outubro deste ano. 

"Estou muito convencido de que vamos conseguir ganhar", afirmou, na primeira entrevista como adversário de Fernando Medina na próxima corrida às urnas no país, realizada esta noite na Grande Entrevista, da RTP.  

Este "instinto", como se referiu, prende-se com o facto de constatar que os lisboetas querem uma "alternativa" após 26 anos de governação socialista na capital. 

"As pessoas querem essa alternativa porque perceberam, de certa forma, que a cidade perdeu a ligação com as pessoas, perdeu a ambição de ser uma grande cidade europeia. (...) Tenho este instinto de que vou conseguir ganhar", argumentou o candidato que deixa o cargo de administrador da fundação Gulbenkian para se candidatar a presidente da Câmara. 

"De um dia para o outro, deixei tudo o que tinha"

Sobre o momento em que decidiu que iria avançar com a candidatura, Carlos Moedas voltou a referir que esta foi "a decisão mais difícil" da sua vida. 

"Senti, a certa altura, que este era o momento em que não podia dizer que não à minha cidade. Mas, a decisão foi muito complicada e no seio familiar foi muito difícil. De um dia para o outro, deixei tudo o que tinha, no fundo um certo conforto no dia-a-dia", acrescentou. 

Quanto ao momento preciso, o candidato disse não conseguir precisar a data concreta, mas garantiu que a reflexão demorou "pelo menos um mês" e que, apesar de ter sido convidado pelo líder do PSD, Rui Rio, só avançou quando sentiu que realmente podia "mudar as coisas".

"Há um momento em que temos de virar a história, temos de olhar para o futuro com um projeto mais ambicioso", declarou. 

Para além de PSD e CDS, coligação contará com MPT, PPM e Aliança

Sobre a coligação que a sua candidatura formará, Carlos Moedas adiantou que, para além do PSD e do CDS, já estão a ser "discutidos detalhes" com o MPT, o PPM e a Aliança para fechar o acordo. "Vamos continuar nesse caminho. São partidos que têm implantação em Lisboa. (...) Estou muito entusiasmado. Todos esses partidos contam e todos eles me têm transmitido essa energia da necessidade desta mudança", referiu. 

Sobre o facto de Iniciativa Liberal (IL) ter se mantido de fora desta coligação, o candidato social-democrata disse respeitar a decisão. 

"Esta é uma coligação não socialista, moderada e progressista. Eu sou um social-democrata, são esses os meus valores e, portanto, quando a pensei, pensei que poderíamos unir todos os partidos, incluindo a IL, mas nem chegámos a ter negociações. Foi-me comunicado pela IL que a ideia deles era ter um candidato próprio e respeito isso", denotou. 

Na semana passada, Rui Rio, anunciou o ex-comissário europeu como o candidato à autarquia da capital, que contou rapidamente com o apoio formal do CDS. 

Qual o percurso de Carlos Moedas?

Nascido em Beja em 1970, Carlos Moedas licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, em 1993, e é atualmente administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, para o mandato 2020-2025.

Com um percurso profissional na área financeira e de investimentos, da sua carreira política destaca-se a eleição como deputado por Beja em 2011, ano em que viria a desempenhar funções como secretário de Estado ajunto do primeiro-ministro, Passos Coelho, coordenando a estrutura de ligação com a 'troika', a ESAME.

Em 2014 foi nomeado comissário europeu, responsável pela Investigação, Inovação e Ciência, gerindo um dos maiores programas de ciência e inovação do mundo, no valor de 77 mil milhões de euros.

No PSD, Carlos Moedas fez parte da equipa social-democrata que negociou a aprovação do Orçamento do Estado para 2011 juntamente com Eduardo Catroga.

No seu percurso profissional, integrou a equipa do banco de investimento Goldman Sachs - na mesma altura em que António Borges trabalhou na instituição -, na área de fusões e aquisições, e foi gestor de projetos para o grupo Suez, em França, entre 1993 e 1998.

Leia Também: Carlos Moedas saúda Marcelo: "Acredito na sua força para nos inspirar"

 

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