PCP critica plano de desconfinamento: "É preciso abrir as escolas"

Jorge Pires, do PCP, reagiu, esta sexta-feira, ao plano de desconfinamento ontem apresentado por António Costa. Prolongar o ensino à distância é "insistir numa opção que despreza a qualidade das aprendizagens".

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Notícias ao Minuto
12/03/2021 11:14 ‧ 12/03/2021 por Notícias ao Minuto

Política

PCP

Jorge Pires, do PCP, reagiu, esta sexta-feira, ao plano de desconfinamento ontem apresentado por António Costa, referindo que "é preciso abrir as escolas, tomando as medidas de contenção necessárias, como a redução do número de alunos por turma e a contratação de mais professores e assistentes operacionais". 

E, "mais do que apoiar com pouco mais de 400 euros os artistas", prosseguiu, "é fundamental investir nas condições necessárias para abrir em segurança as portas dos teatros, das casas de cultura e da atividade cultural em geral". 

Para o PCP, é ainda essencial "às nossas crianças e jovens o regresso à atividade desportiva e às atividades de ar livre" e, "mais do que prolongar o encerramento de um conjunto significativo de atividades, o que se impõe é criar as condições para dinamizar a atividade económica, social, cultural e desportiva."

Asseverou Jorge Pires que "a decisão de prolongar no ensino à distância" é, no entender dos Comunistas, "insistir numa opção que despreza a qualidade das aprendizagens e das competências e que aprofunda desigualdades e degrada a saúde mental de uma geração fundamental para o desenvolvimento do país no futuro próximo". 

Para o PCP, as medidas do Governo, anunciadas pelo primeiro-ministro, vão ainda "acentuar a crise económica e social, com o aumento do desemprego, o encerramento de milhares de micro, pequenas e médias empresas (MPME) e o agravamento do empobrecimento e das desigualdades".

Já questionado sobre as áreas em que o executivo poderia ter "ido mais além", Jorge Pires deu o exemplo das escolas, que deveriam reabrir em todos os graus de ensino, com aulas à distância desde janeiro como forma de conter a epidemia de Covid-19, e também no pequeno comércio. É um plano de desconfinamento "conservador", sintetizou.

De recordar que António Costa apresentou, esta quinta-feira, o plano de desconfinamento "muito conservador" que os portugueses vão seguir para a reabertura das atividades no âmbito da pandemia da Covid-19. Há uma calendarização com quatro datas a reter - 15 de março, 5 de abril, 19 de abril, e 3 de maio.

Nestas datas, e a "conta-gotas", tal como referiu por diversas vezes o primeiro-ministro, vão abrindo vários setores, incluindo escolas. Até à Páscoa, mantém-se o dever geral de confinamento como tem vigorado

Tudo sobre como desconfinar. Datas e medidas do plano a "conta-gotas"

[Notícia atualizada às 12h00]

Leia Também: Desconfinar? "Além do plano, é necessário que execução esteja à altura"

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