O líder do PSD recebeu, esta segunda-feira o Sindicato dos Oficiais de Justiça. Após o encontro, Rui Rio garantiu que está disponível para ajudar o Governo a fazer uma reforma da Justiça, apesar dos "insultos" do primeiro-ministro à sua pessoa.
"Se o Partido Socialista (PS) quiser fazer uma reforma pela Justiça, eu estou disponível, por Portugal, digam eles o que disserem, porque não tenho direito a ter estados de alma, tenho de pôr os interesses do país em primeiro lugar, como é evidente", evidenciou.
Confrontado com a entrevista de António Costa, ao JN, DN e TSF, Rui Rio frisou que esta "não teve o nível que deve ter para um primeiro-ministro".
"Do ponto de vista do que interessa aos cidadãos - os insultos que ele me fez não interessam para o futuro do país - concluímos que o Dr. António Costa, que é primeiro-ministro deste Governo, não quer fazer reforma nenhuma. Nós estamos num país, para lá da questão sanitária, para lá da questão económica, que tem um problema grave com a Justiça. A Justiça não funciona, não está de acordo com aquilo que são os parâmetros fundamentais com Estado de Direito Democrático e aquilo que o primeiro-ministro tem a dizer às propostas que nós temos feito de reforma é de responder quase com insultos", salientou, acrescentando que o PS devia ser o primeiro a desejar uma reforma da Justiça.
"Perante um caso como a Operação Marquês (e muitos outros) a resposta, em vez de ser insultar o líder da oposição, devia ser de abertura para reformarmos a Justiça em Portugal. Que esperança podem ter os portugueses?!", atirou.
Sobre o "encosto" do Chega ao PSD nos Açores, Rui Rio reiterou que o primeiro-ministro "não conseguiu ultrapassar a derrota que teve" na região, visto que, esta foi uma "derrota pior do que é normal" porque "quem com ferros mata, com ferros morre", recordando o que aconteceu em 2015, quando Costa fez uma geringonça com o BE, PCP e Verdes para formar governo.
Sobre o encontro com o sindicato, o presidente do PSD sublinhou que foi "uma reunião interessante" e que estes deram informações "muito relevantes" e que são importantes para "desenhar" a reforma da Justiça.
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