Na sua moção de orientação política, intitulada "Recuperar Portugal, garantir o futuro", que foi coordenada pela dirigente socialista Mariana Vieira da Silva, defende-se que o PS "deve assumir o objetivo de assegurar nas próximas eleições a maioria das câmaras municipais, a maioria das juntas de freguesia, a maioria dos mandatos e a maioria dos votos".
"O PS apresenta-se às próximas eleições autárquicas com esta ambição de vitória", refere-se no texto de introdução da moção.
Além deste objetivo eleitoral, no plano da governação, António Costa coloca como primeira missão do PS "liderar a recuperação económica e social do país, vencendo a crise aberta pela pandemia".
No plano imediato, o desafio é a erradicação da pandemia, concluindo o processo de vacinação e prosseguindo com firmeza as medidas de saúde pública.
"Para enfrentar os desafios com que estamos confrontados, a recuperação não se pode limitar a regressar ao ponto onde estávamos em fevereiro de 2020. Nem tão pouco a onde estaríamos se a pandemia não nos tivesse atingido. Temos de ir mais além", assume o secretário-geral do PS, antes de se referir ao papel de "trampolim" que terá o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a recuperação económica.
O objetivo, segundo António Costa, é que Portugal vá "mais além e mais rápido na convergência económica e social com a União Europeia.
Nos próximos dois anos, o PS coloca como prioridades económicas e sociais o combate às desigualdades e à pobreza, e enfrentar os desafios demográfico com uma política de habitação de base local que simultaneamente elimine a habitação indigna e assegure habitação a preços acessíveis, para que os jovens possam "emancipar-se e ter os filhos que desejem".
No mercado de trabalho, o secretário-geral do PS promete combater a precariedade, o recurso abusivo ao trabalho temporário, o falso trabalho independente e a informalidade nas relações laborais", promovendo-se em contrapartida a valorização dos salários dos trabalhadores jovens".
"Um país que assegura aos jovens a liberdade de acesso às profissões reguladas, sem bloqueios corporativos", acrescenta-se.
No domínio do combate às alterações climáticas, na moção do secretário-geral do PS renova-se a promessa da "aposta na eficiência energética, quer ao nível da iluminação pública, quer ao nível dos equipamentos coletivos ou da concretização das suas estratégias locais de habitação".
"Um país que aposta na promoção dos transportes públicos e na sua articulação com outros serviços de mobilidade suave e na eletrificação da maioria do transporte público coletivo", salienta-se na moção.
Em relação às transformações económicas e sociais provocadas pelo digital, a moção do líder socialista promete combater os fenómenos de exclusão digital".
"Um país que assegura a conectividade em todo o território para que todo o país possa beneficiar das potencialidades da digitalização em todos os setores da economia ou das oportunidades que o trabalho remoto veio abrir para uma melhor distribuição geográfica da retenção de mão de obra qualificada", lê-se no documento.
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