"Aprovaram-se as contas, por unanimidade e com aclamação, que é uma coisa quase inédita no PSD, porque as contas deste ano refletem a normalidade dos três anos de que já somos direção do partido", anunciou José Silvano.
Assim, explicou, "reduziu-se o passivo, aumentou-se o ativo e houve saldos líquidos positivos todos os anos" e, por isso, disse que "quando se torna uma normalidade, mas é uma normalidade positiva, o conselho nacional também reage dessa forma positiva à aprovação das contas" de 2020.
"O principal realce é que, quando cá chegámos, tínhamos 14,1 milhões de euros (ME) de dívida e temos, neste momento, cerca de 6,1 ME, isto é, no espaço de três anos, abateu-se à dívida do partido, cerca de 8 ME, sempre com saldos positivos, o deste ano, 834 mil euros", precisou.
José Silvano acrescentou que "o ativo também engrandeceu nestes três anos, fruto de algumas avaliações de património, que estavam por avaliar, ainda, mas fruto também das eleições legislativas, das europeias, das dos Açores e das da Madeira" que decorreram sob esta direção atual.
Com tudo isto, especificou, o PSD tem um "ativo superior a 21 ME, o que transmite uma situação financeira saudável, boa" o que, no seu entender, é bom para os partidos, defendeu, por causa dos empréstimos bancários.
"Quando cá chegámos a dificuldade de contrair empréstimos nos bancos era difícil devido à situação de dívida que o partido tinha. Hoje, nem precisamos de fazer qualquer consulta aos bancos, eles próprios oferecem-se para antecipar, mesmo as receitas e as subvenções das eleições que vêm a seguir e nós podemos pagar antecipadamente, quando ainda não se sabem os resultados, com empréstimos bancários as despesas eleitorais", destacou.
E para as eleições autárquicas previstas, por lei, para o último trimestre deste ano, o PSD contraiu um empréstimo bancário em "cerca de 8ME para poder antecipar muitas das despesas que vão decorrer no processo eleitoral" e, com isso, o partido "poder pagar a tempo e horas".
"O resultado da subvenção vai depender do resultado eleitoral autárquico. Se for superior ao de 2017, como nós queremos, acho que se vai aproximar dos 13 ME que é, normalmente, o gasto em eleições autárquicas por um partido da dimensão do PSD", afirmou.
O conselho nacional também aprovou por unanimidade o orçamento de 2021 que, "já devia ter sido aprovado em janeiro, mas devido às questões pandémicas não se pode realizar" nenhuma reunião para o efeito, mas "há uma confiança absoluta na direção" e, por isso, "foi fácil aprovar agora o orçamento".
O conselho nacional do PSD, órgão máximo entre congressos, reuniu esta sexta-feira à noite na cidade da Guarda, onde já não reunia desde o dia 31 de março de 1979, ainda com o partido sob a liderança de Francisco Sá Carneiro, com as contas, orçamento e eleições autárquicas em debate.
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