CDS-PP e PSD apresentaram requerimentos para ouvir Medina, e os sociais-democratas queriam igualmente que o ministro Santos Silva fosse dar esclarecimentos sobre a transferência, para a embaixada da Rússia, em Lisboa, de dados pessoais de ativistas que organizaram uma manifestação pela libertação de Alexey Navalny, opositor do líder russo, Vladimir Putin.
A audição de Medina e Santos Silva vai ser numa reunião conjunta das comissões de Assuntos Constitucionais e de Negócios Estrangeiros, onde foram apresentados e votados requerimentos nesse sentido, todos aprovados por unanimidade.
Na reunião de hoje da comissão de Assuntos Constitucionais, o CDS apresentou um novo requerimento para que seja ouvida, também no parlamento, uma das ativistas russas, Ksenia Ashrafullina.
Depois de ouvir Fernando Medina e Augusto Santos Silva, "vale a pena ouvir a outra parte, que foi lesada", justificou Telmo Correia à Lusa.
O caso dos ativistas russos reporta-se a 18 de janeiro, quando foi pedida autorização para uma concentração em solidariedade com o opositor russo Alexei Navalny, detido na Rússia, com vista à sua libertação.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pediu "desculpas públicas" pela partilha desses dados, assumindo que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido", mas originou uma série de protestos, da Amnistia Internacional aos partidos políticos.
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