CDS quer debater pandemia no pós-Emergência e a situação em Lisboa

O CDS-PP leva sexta-feira a debate no parlamento a gestão do combate à pandemia no pós-estado de emergência, para fazer um ponto da situação sobre a vacinação e o agravamento da situação em Lisboa.

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Lusa
17/06/2021 19:43 ‧ 17/06/2021 por Lusa

Política

Parlamento

No debate, que contará com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, Adjunto e da Saúde, António Sales e da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, o CDS-PP visa fazer uma "avaliação do pós-estado de emergência", passando pelos certificados de vacinação e a recuperação nas áreas da saúde, social e económica.

"Do que é que foi feito de então para cá, do que é que está a acontecer, do que é que correu mal e está a correr muito mal e também de um ou outro aspeto que esteja a correr bem, como é evidente. Desde o fim do estado de emergência não temos este tipo de debates e achamos que este debate faz todo o sentido, designadamente no fecho do ano parlamentar", sustentou, em declarações à Lusa o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia.

O grupo parlamentar centrista quer perceber, junto do Governo, "o que é que está a acontecer no país e particularmente em Lisboa", região onde atualmente se concentram a maior parte de novos casos covid-19.

"Nós temos ouvido várias explicações, desde os festejos futebolísticos, à questão dos jovens e dos eventos, há um conjunto de explicações. (...) Isto é uma interpelação ao Governo, portanto nós queremos que o Governo nos explique, na perspetiva do Governo, exatamente o que é que falhou, e depois obviamente saber o que é que se vai fazer daqui para a frente", adiantou.

Quanto à gestão da pandemia, na opinião de Telmo Correia, "a quebra de autoridade do Estado e a quebra de autoridade sobretudo do ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita], não foi irrelevante".

Outro dos temas que os democratas-cristãos querem levar a debate é a vacinação, que, segundo o partido, tem corrido bem, designadamente desde a entrada do vice-almirante Gouveia e Melo para a coordenação do plano, para além de quererem saber como vão funcionar os certificados de vacinação.

"Por outro lado, um caso que é estranho e sobre o qual também não há dados que é estão a aparecer muitos casos com pessoas vacinadas e nalguns casos vacinadas com as duas doses. Menos letalidade, é certo, e isso é positivo, mas o que é que explica isso e se há ou não estatística sobre isso. Nós sabemos que a cobertura da vacina, nenhuma delas é total, mas a impressão que temos é que existem muitos casos de vacinados", apontou.

Os centristas querem também "pensar" as consequências da pandemia na economia (nomeadamente "se se salva o Verão" e como) e ainda debater aspetos sociais, apontando que "há muitos apoios que estão a falhar e muitas pessoas que podem estar a ficar para trás".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.835.238 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Surto em embaixada. Vacinados? Cinco mortes e 1.231 infeções

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