Bloco diz que discutir medidas na AML interessa pouco e quer mais testes

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou hoje que o aumento da testagem, o reforço da vacinação e garantia de fixação dos profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde, são essenciais para controlar a pandemia.

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Lusa
18/06/2021 18:48 ‧ 18/06/2021 por Lusa

Política

Covid-19

"A discussão da medida mais assim ou mais assado é uma discussão que interessa pouco ao país. O Governo terá de tomar as medidas que achar necessárias. Repito, há três critérios que para nós são importantes e que sem eles não teremos capacidade para controlar a pandemia: mais testes, vacinas mais rápidas, profissionais no Serviço Nacional de Saúde [SNS] respeitados para que possam continuar a fazer o trabalho extraordinário que têm feito", afirmou, escusando-se a comentar em concreto as medidas restritivas aplicadas pelo Governo na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Catarina Martins falava aos jornalistas à margem de um encontro com um grupo de trabalhadores pedreiras, no Porto, comentando a decisão do Governo de limitar a partir das 15:00 de hoje, até às 06:00 de segunda-feira, a circulação de e para a AML.

Catarina Martins sublinhou que no Bloco de Esquerda nunca discutiu cada uma das medidas que é implementada, mas admitiu, sem especificar quais, que o partido tem tido "algumas dúvidas sobre algumas medidas".

Ainda assim, para a coordenadora do BE o essencial "é controlar a pandemia".

"Como sabem os ajuntamentos dentro da Área Metropolitana de Lisboa são um problema quer as pessoas circulem ou não para fora da Área Metropolitana. E repito, é muito necessário, mais testes, vacinas ainda mais rápidas e profissionais no Serviço Nacional de Saúde que se sintam respeitados, porque estão a fazer um trabalho extraordinário", reiterou.

 A coordenadora do BE considera que face ao aumento de número de novos casos e a possibilidade de uma quarta vaga de Covid-19 já avançada por alguns especialistas, que "é natural que sejam precisas medidas de contenção", mas sublinha que a travagem dos contágios depende de outras três medidas.

"Chamo a atenção para três medidas que para nós são fundamentais: a primeira delas é aumentar a testagem porque, enfim, nós já ouvimos dizer há meses que é agora que vai começar o programa de testagem massiva e ainda não começou. Portugal tem capacidade para fazer 100 mil teste por dia e nunca a utilizou", disse.

Por outro lado, considerou Catarina Martins, é preciso acelerar o processo de vacinação.

"O processo de vacinação está a correr bem, mas sabemos que pode ser acelerado, que há capacidade para isso", acrescentou.

Por último, a coordenadora do BE entende que é necessário proteger o Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente respeitando os profissionais de saúde.

"O Governo recusou fazer todas as alterações necessárias, de salários e até exclusividade, para garantir que ficavam no SNS. Durante o estado de emergência eles estavam proibidos de sair, mas, neste momento, quando quiserem sair (...) podem sair e nós tivermos, nos últimos profissionais, 600 profissionais a sair do Serviço Nacional de Saúde", salientou, reiterando que para lá de eventuais medidas de contenção da pandemia

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