No dia em que o verão chegou, Miguel Sousa Tavares defende que, em matéria de incêndios, a situação do país está controlada devido às temperaturas primaveris e não graças à ação do Governo.
No habitual espaço de comentário da TVI24, Sousa Tavares recorda que o "ministro Eduardo Cabrita gabou-se de ter conduzido à reeleição do Presidente Marcelo porque não houve incêndios nos últimos dois anos. Recordo que tivemos anos particularmente chuvosos e menos quentes do que os que houve na Europa. Ainda agora estamos com temperaturas que generosamente podemos chamar de primavera".
E são as condições atmosféricas que têm "ajudado, não são as boas políticas do ministro Eduardo Cabrita as quais consistem, basicamente, em deitar dinheiro para cima dos bombeiros para os manter sossegados. É a grande política dele de combate aos fogos", atirou.
O comentador aludiu ainda a um estudo realizado na Universidade do Minho, de acordo com o qual "nada foi feio. A zona de Pedrógão está pronta para arder como ardeu em 2017, tal e qual. Em Portugal há uma grande tendência para reagir em cima das coisas".
Para Miguel Sousa Tavares, as pastas das "florestas, que está nas mãos do Ministério da Agricultura, do combate aos fogos, que está no Ministério da Administração Interna, e do ordenamento do território, que está nas mãos do Ministério do Ambiente", são encabeçadas "pelos três ministros mais incompetentes do Governo".
Com efeito, para o comentador, está "ali reunido outro cocktail explosivo para que, se não atalharmos rapidamente o problema, e se tivermos um verão tão quente quanto as previsões atmosféricas o dizem, possamos ter outra pandemia em cima daquela que já temos. Oxalá eu esteja enganado".
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