Em comunicado, O PS/Madeira indica que Cafôfo é o principal subscritor da moção de estratégia global intitulada 'Estabilidade e Compromisso' para concorrer às internas do PS/Madeira que decorrem em 31 de janeiro.
O prazo para entrega de candidaturas termina às 24h00 de hoje.
O dirigente socialista insular formalizou a sua recandidatura, da qual constam 924 subscritores, entregando-a ao presidente da Comissão Organizadora do XXII Congresso Regional do partido, Sérgio Abreu.
A reunião magna dos socialistas madeirenses está agendada para 22 e 23 de fevereiro.
Citado na nota da estrutura regional, Paulo Cafôfo defende uma liderança com estabilidade e um compromisso com um projeto para mudar o arquipélago.
"A Madeira precisa de estabilidade e de compromisso", salienta, frisando que, "enquanto para o PSD estabilidade significa imobilismo, para o PS constitui inovação e ação para resolver os problemas dos madeirenses".
O recandidato reforça que vai "apresentar respostas para os problemas da habitação e da saúde", além de "soluções que conduzam a uma economia sustentável, geradora de uma riqueza que chegue a todos e não só a alguns".
Além disso, destaca que o compromisso da sua liderança abre "um novo caminho e um novo tempo" na Madeira.
O dirigente critica as "jogadas de secretaria" que, na sua opinião, se verificaram no PSD/Madeira para "inviabilizar uma candidatura adversária à de Miguel Albuquerque", líder da estrutura regional partidária e também presidente do Governo Regional.
"Aqui [PS] é tudo transparente", reforça Paulo Cafôfo, salientando que o PS é um partido democrático e que "não tem medo da democracia nem do escrutínio dos militantes".
"O partido está mobilizado e coeso", declara, assegurando estar preparado "não só para liderar o PS, mas também a mudança na região", que deve ser "tranquila e serena".
Carlos Pereira, antigo líder da estrutura regional do PS e atual deputado na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Lisboa, defendeu anteriormente que se deveriam realizar eleições primárias e manifestou-se disponível para ser candidato.
Em resposta, Cafôfo decidiu avançar com a proposta de eleições internas, que foi aprovada a 12 de janeiro, em sede de comissão política regional, e desafiou o antigo líder a concorrer.
Logo após o anúncio do sufrágio, Carlos Pereira disse, em declarações ao Diário de Notícias, que não iria candidatar-se por o prazo anunciado ser um "jogo viciado".
Paulo Cafôfo, que foi reeleito presidente do PS/Madeira em 02 de dezembro de 2023, respondeu que Carlos Pereira "já sabia muito bem quais eram os prazos" e que as eleições internas são realizadas pelo calendário eleitoral.
"E para mim há aqui uma falta de coragem por parte de um militante que num dia quer avançar e noutro dia, obviamente quando se dá essa oportunidade, não avança e, portanto, ficou claro que as suas intenções continuam a ser só as de prejudicar o partido", afirmou.
O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.
A aprovação da moção de censura, inédita na Região Autónoma da Madeira, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.
Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março -- o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.
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