Reentrada da Madeira na lista verde britânica é "uma grande vitória"
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que a reentrada da região no 'corredor verde' britânico "é um ato da mais elementar justiça" e uma "grande vitória" para a região.
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Política Miguel Albuquerque
Numa nota distribuída pela presidência do Governo madeirense, o chefe do executivo insular destaca "a quantidade residual de casos diários de covid-19 que a região apresenta", lembrando que esse foi um dos factos apresentados aos responsáveis britânicos.
O arquipélago da Madeira, as ilhas Baleares e algumas das Caraíbas, incluindo Barbados, vão ser adicionadas à 'lista verde' de viagens internacionais e isentas de quarentena na chegada a Inglaterra, anunciou hoje o Governo britânico.
As alterações, que também incluem vários territórios ultramarinos do Reino Unido, vão entrar em vigor já na quarta-feira, revelou o ministro dos Transportes, Grant Shapps.
Na nota, o chefe do executivo madeirense de coligação PSD/CDS-PP "agradece o contributo de todos os madeirenses e porto-santenses para a grande vitória que a região acaba de alcançar ao ver o Reino Unido reconhecer a justiça dos seus argumentos e das suas aturadas diligências, recolocando o destino Madeira na sua 'lista verde'".
O líder social-democrata madeirense destaca que os turistas britânicos e oriundos da Irlanda do Norte, que também recolocou a Madeira na sua 'lista verde', "têm assim caminho aberto para visitar a Madeira sem terem que, no regresso à sua terra, realizar uma quarentena obrigatória".
No comunicado, Miguel Albuquerque reforça ainda que "se fez justiça" e elogia "a responsabilidade cívica, o esforço de todos [madeirenses e porto-santenses] e o cumprimento das normas e procedimentos profiláticos decretados pelo Governo Regional que permitiu retornar" a uma lista de onde a Madeira "não deveria ter saído".
O governante reitera também o apelo para que os madeirenses "continuem a cumprir escrupulosamente com as normas sanitárias e as regras anunciadas", sustentando que tal é "crucial para que a Madeira continue a apresentar uma situação controlada" da pandemia de covid-19.
"Só assim a região será atrativa para os turistas que privilegiam, nas suas procuras no mercado turístico, um destino seguro", afirma.
Miguel Albuquerque refere igualmente que, "depois da Alemanha, é o Reino Unido a reconhecer a situação pandémica da região e a segurança do destino, naquelas que são excelentes notícias para o turismo e para os empresários do setor, mas também para toda a economia da região".
A 'lista verde' está limitada atualmente a 11 países e territórios de risco baixo, mas a indústria de viagens e turismo britânica tem feito pressão para ser alargada e incluir destinos populares para férias de verão, como Grécia, Itália ou Espanha.
Portugal foi o único país da União Europeia (UE) que entrou para esta lista, em 17 de maio, mas foi despromovido menos de três semanas depois, a 06 de junho, para a "lista amarela", de risco moderado.
Esta lista, onde está a maioria dos países europeus, está sujeita a restrições mais apertadas, nomeadamente quarentena de 10 dias à chegada a Inglaterra, e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia.
De acordo com os dados hoje difundidos pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou tês novos casos de infeção por covid-19 e mais oito recuperados nas últimas 24 horas, existindo 67 situações ativas e cinco doentes internados no Hospital Sr. Nélio Mendonça, no Funchal, nenhum na unidade de cuidados intensivos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.893.974 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.516.790 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.079 pessoas e foram confirmados 869.879 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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