PS e Costa recordam o tempo da Troika para atacar o PSD
O PS e o primeiro-ministro recordaram hoje o tempo da Troika para atacar o PSD, que acusaram de ter a austeridade como receita e de estar em negação face à resposta do Governo à atual crise.
© Lusa
Política Estado da Nação
"O estado da oposição, particularmente o PSD, é não só o estado de negação, de cansaço, como de alguma falta de memória", declarou a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, durante o debate sobre o estado da nação, na Assembleia da República.
"Quando há crise, não há austeridade e não vem o diabo, eles não sabem o que é que hão de dizer", afirmou, em seguida, o primeiro-ministro, António Costa.
Ana Catarina Mendes, que falou depois da intervenção inicial do primeiro-ministro e da interpelação do líder da bancada social-democrata, Adão Silva, alegou mesmo que "os problemas do país não interessam ao PSD".
"Porque o PSD festejava com pompa e circunstância 14% de taxa de desemprego em Portugal -- hoje temos 7% e nem uma palavra, nem uma palavra. Os senhores deputados em 2014 faziam laudas ao crescimento económico de 1% - nós temos uma previsão neste momento de 4% de crescimento económico, estamos a conseguir resistir, e nem uma palavra", apontou a socialista, recordando o período de governação PSD/CDS-PP em conjuntura de assistência financeira externa.
A líder parlamentar do PS defendeu a atuação do Governo face à atual crise económica e social resultante da pandemia de covid-19, repetindo várias vezes que "o Estado não falhou".
Ana Catarina Mendes destacando os apoios às empresas para a manutenção de postos de trabalho, a criação de uma nova prestação social e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aprovado pela União Europeia.
Em contraponto, acusou o PSD de ter lutado junto das instâncias europeias para cortar pensões.
Em resposta à líder parlamentar do PS, o primeiro-ministro reforçou as críticas às "bancadas à direita" dos socialistas.
"Eles têm uma receita: perante crise, austeridade. Quando há uma crise e não há austeridade, eles dizem: vem aí o diabo. Quando há crise, não há austeridade e não vem o diabo, eles não sabem o que é que hão de dizer", sustentou António Costa.
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