Joacine Katar Moreira considerou, esta segunda-feira, que o "discurso anticorrupção é areia para os olhos dos pobres".
"O discurso anticorrupção reforça as pretensões neofascistas e é preciso ter cuidado com isso, e as sondagens para as legislativas provam-no", defendeu a deputada não inscrita eleita pelo Livre, em várias mensagens partilhadas na sua página oficial do Twitter.
Ainda a propósito do tema, Joacine Katar Moreira lamentou que "alguma esquerda se tenha posto nesse lugar onde se meteu com barulho estridente o Chega".
"O Chega imita os seus comparsas neofascistas fingindo-se antissistema, mas sem nunca atacar os poderosos e as estruturas que são quem são e estão no sistema. Fazem-se de justiceiros quando estão envolvidos em esquemas, para saciar a legítima sede de justiça das pessoas", argumentou.
Por fim, a parlamentar sugere que se fale "do aumento do salário mínimo, de creches públicas, do SNS, da educação e da isenção de propinas para vermos se a direita e sua extrema se preocupam com as pessoas comuns".
Justificando assim que "o discurso anticorrupção nunca será" o seu, é de referir que estes comentários foram publicados em resposta a um utilizador que escreveu, também na mesma rede social, que os "paladinos anticorrupção são todos bandidos", referindo-se à eleição de Collor de Mello e Jair Bolsonaro para a presidência brasileira, e horas após o secretário-geral do PS António Costa ter prometido continuar a lutar contra a corrupção no país, durante o 23.º congresso dos socialistas, que decorreu este fim de semana, em Portimão.
O discurso anti-corrupção nunca será o meu por isso mesmo. Tenho dito que lamento que alguma esquerda se tenha posto nesse lugar onde se meteu com barulho estridente o Chega. O discurso anti-corrupção é areia para os olhos dos pobres, que não verão a sua situação resolvida.. (+) https://t.co/KSDb1WeB7x
— JoacineKatarMoreira (@KatarMoreira) August 30, 2021
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