Jerónimo de Sousa apela a apoios para produção nacional e desempregados
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou hoje em Peniche para a necessidade de apoiar quem é despedido e de investir na produção nacional, quando questionado sobre a redução da taxa de desemprego em junho.
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Política PCP
"Haveremos de retomar o caminho do desenvolvimento e do crescimento, mas convém ver qual vai ser a solução, por exemplo, para aqueles que estão a ser despedidos em massa pelas grandes empresas, qual o investimento na produção nacional é que vai ser feito para conseguir esse alargamento de emprego", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas.
O líder comunista falava no fim de uma visita ao Centro de Saúde de Peniche, no distrito de Leiria, ao lado da candidata da CDU à câmara municipal, Clara Abrantes, no âmbito de uma ação de pré-campanha para as eleições autárquicas.
Jerónimo de Sousa apelou também ao "emprego com direitos" e ao fim da precariedade sobretudo entre os mais jovens.
"A resposta não pode ser trabalhar 180 dias à experiência em trabalhos que se aprendem em dois ou três dias para impedir que esses trabalhadores recebam subsídios de férias e de Natal e tenham direitos", afirmou.
Em junho, de acordo com os dados definitivos também hoje publicados, a taxa de desemprego situou-se em 6,8%, um valor inferior em 0,2 pontos percentuais ao do mês anterior e inferior em 0,7 pontos relativamente a um ano antes.
A taxa de subutilização de trabalho em junho -- indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego - situou-se em 12,8%, o mesmo valor do mês precedente e 2,9 pontos percentuais face a junho de 2020.
Já a população desempregada situou-se em 352,6 mil pessoas, tendo diminuído 2,5% (nove mil) em relação a maio de 2021 e 5,3% (19,8 mil) em relação a junho de 2020.
O emprego total (medido em número de indivíduos) aumentou 4,3% em termos homólogos no segundo trimestre deste ano, após cair 1,2% no trimestre anterior, impulsionado pela reabertura gradual da economia, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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