PEV lamenta "com emoção" morte de "figura incontornável" na democracia

O PEV lamentou hoje "com emoção" e "profundamente" a morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, uma "figura incontornável" da democracia portuguesa, reconhecendo "o papel absolutamente relevante para as respostas políticas que se impunham".

Notícia

© Lusa

Lusa
10/09/2021 11:14 ‧ 10/09/2021 por Lusa

Política

Óbito/Sampaio

 

De acordo com uma nota divulgada, o PEV dirigiu "as mais sentidas condolências" à família de Jorge Sampaio e os "sentidos pêsames" ao Partido Socialista.

"É, pois, também com emoção que o Partido Ecologista 'Os Verdes' lamenta profundamente o falecimento de Jorge Sampaio", acrescenta o partido.

"Os Verdes" recordaram que, como parte integrante da coligação autárquicas 'Por Lisboa', em 1989, "trabalhou diretamente com Jorge Sampaio" na Câmara de Lisboa e que apoiou, em 1996, "na primeira volta, a sua candidatura à Presidência da República".

"Estes factos demonstram que, pese embora as posições políticas diferenciadas que foram sempre assumidas, o PEV reconheceu em Jorge Sampaio, em determinados momentos e circunstâncias, o papel absolutamente relevante para as respostas políticas que se impunham", acrescentou o partido.

O antigo Presidente da República, prossegue a nota, "é uma figura incontornável do Portugal democrático", que deixou um "contributo inegável e indelével para a defesa e o exercício efetivo da democracia".

"Jorge Sampaio, da mesma forma que era uma pessoa direta e determinada, era um homem que não escondia a suas emoções", completou o partido.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

O ex-chefe de Estado estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.

Sampaio estava no Algarve, mas após sentir dificuldades respiratórias, e "dado o seu historial de doente cardíaco", foi transferido para Lisboa, disse na altura com fonte do seu gabinete.

Em 1989 foi eleito líder do Partido Socialista e na mesma altura foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993.

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e entre 2007 e 2013 foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás sem acesso à educação.

Jorge Fernando Branco de Sampaio desempenhou, ao logo da sua vida, os mais altos cargos políticos no país.

Iniciou o seu percurso, ainda estudante, como um dos protagonistas, na Universidade de Lisboa, da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974.

Depois do 25 de Abril de 1974, militou em formações de esquerda, como o MES, onde se cruzou com Ferro Rodrigues, ex-líder do PS atual presidente do parlamento, e só aderiu ao partido fundado por Mário Soares em 1978.

Mais tarde, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Leia Também: Sampaio sempre teve uma "relação excecional" com poder local

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas