De acordo com uma nota divulgada, o PEV dirigiu "as mais sentidas condolências" à família de Jorge Sampaio e os "sentidos pêsames" ao Partido Socialista.
"É, pois, também com emoção que o Partido Ecologista 'Os Verdes' lamenta profundamente o falecimento de Jorge Sampaio", acrescenta o partido.
"Os Verdes" recordaram que, como parte integrante da coligação autárquicas 'Por Lisboa', em 1989, "trabalhou diretamente com Jorge Sampaio" na Câmara de Lisboa e que apoiou, em 1996, "na primeira volta, a sua candidatura à Presidência da República".
"Estes factos demonstram que, pese embora as posições políticas diferenciadas que foram sempre assumidas, o PEV reconheceu em Jorge Sampaio, em determinados momentos e circunstâncias, o papel absolutamente relevante para as respostas políticas que se impunham", acrescentou o partido.
O antigo Presidente da República, prossegue a nota, "é uma figura incontornável do Portugal democrático", que deixou um "contributo inegável e indelével para a defesa e o exercício efetivo da democracia".
"Jorge Sampaio, da mesma forma que era uma pessoa direta e determinada, era um homem que não escondia a suas emoções", completou o partido.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, disse à agência Lusa fonte da família.
O ex-chefe de Estado estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.
Sampaio estava no Algarve, mas após sentir dificuldades respiratórias, e "dado o seu historial de doente cardíaco", foi transferido para Lisboa, disse na altura com fonte do seu gabinete.
Em 1989 foi eleito líder do Partido Socialista e na mesma altura foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993.
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e entre 2007 e 2013 foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás sem acesso à educação.
Jorge Fernando Branco de Sampaio desempenhou, ao logo da sua vida, os mais altos cargos políticos no país.
Iniciou o seu percurso, ainda estudante, como um dos protagonistas, na Universidade de Lisboa, da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974.
Depois do 25 de Abril de 1974, militou em formações de esquerda, como o MES, onde se cruzou com Ferro Rodrigues, ex-líder do PS atual presidente do parlamento, e só aderiu ao partido fundado por Mário Soares em 1978.
Mais tarde, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
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