De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, os deputados presentes esta quarta-feira na reunião foram "unânimes na manifestação de repúdio" aos insultos de que Ferro Rodrigues foi alvo no sábado, em Lisboa, por negacionistas da covid-19.
Na segunda-feira foi anunciado que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito a estes incidentes.
Em resposta a uma pergunta da Lusa, a PGR confirmou a "instauração de inquérito que teve origem na participação dos factos por parte da PSP", e que será da responsabilidade do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Segundo um vídeo partilhado nas redes sociais, Ferro Rodrigues estava a almoçar com a mulher, enquanto dezenas de manifestantes negacionistas da covid-19 o insultavam, apelidando o presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado, de "assassino" e "ordinário".
"Portanto, nós devemos ter a noção do que é democracia e [do que são] as posições minoritárias, mas a maioria esmagadora dos portugueses respondeu sim à vacinação", vincou hoje Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com os registos em vídeo, no Twitter e no YouTube, por exemplo, os insultos continuaram quando Ferro Rodrigues e a mulher saíram do restaurante e se dirigiram para o carro, acompanhados do corpo de segurança pessoal do presidente a Assembleia da República.
Uma das manifestantes, de megafone em punho, ameaçou ainda o restaurante onde o casal se encontrava, prometendo que "nunca mais nenhum cliente deste restaurante vai ter paz".
Os insultos foram feitos por uma dezena de negacionistas da covid-19 que, no sábado passado, protestaram em frente ao parlamento.
Na segunda-feira de manhã, a PSP anunciou que iria participar ao Ministério Público os insultos proferidos contra o presidente da Assembleia da República.
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