O Parlamento aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e António Costa não deixou de assinalar esse facto nas redes sociais.
"A nossa democracia pode e deve orgulhar-se por ter sido servida por um político maior e a nossa República deve louvar-se por ter sido presidida por um cidadão exemplar como ele", escreveu António Costa na publicação no Twitter.
O voto, lido pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, no início da sessão evocativa que decorreu hoje na Assembleia da República, mereceu o voto favorável de todas as bancadas e deputados, que bateram palmas de pé e cumpriram depois um minuto de silêncio.
Na iniciativa, o Parlamento considera que, "pelos valores que defendia, pela forma íntegra e empenhada como exerceu as funções para que foi eleito ou designado, Jorge Sampaio representou tudo o que de melhor e de mais exigente há na política".
No final da sessão ouviu-se o hino nacional, tocado a partir dos Passos Perdidos.
Voto de pesar, por unanimidade, na Assembleia da República, pela morte do Presidente Jorge Sampaio.
— António Costa (@antoniocostapm) September 15, 2021
A nossa democracia pode e deve orgulhar-se por ter sido servida por um político maior e a nossa República deve louvar-se por ter sido presidida por um cidadão exemplar como ele. pic.twitter.com/1VbnM8qwTH
Nas galerias estiveram familiares do antigo Presidente da República, incluindo a esposa, Maria José Ritta, e o filho, André Sampaio. Assistiram também à sessão personalidades como Luís Marques Mendes, João Cravinho, Vera Jardim e Vasco Lourenço.
O Governo fez-se representar pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelos ministros de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, de Estado e das Finanças, João Leão, de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, além do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O funeral, com honras de Estado, realizou-se no domingo, antecedido por uma homenagem nacional no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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