"É porque o Fernando acredita mesmo nas pessoas, porque o Fernando tem uma visão de desenvolvimento da cidade -- em que a habitação acessível é central, em que o desenvolvimento da mobilidade suave e sustentável é essencial, em que o apoio aos mais idosos é fundamental, em que a universidade e o empreendedorismo têm um papel central no desenvolvimento da cidade -- que o Fernando é o grande presidente da câmara municipal de Lisboa do século XXI", salientou António Costa.
O secretário-geral do PS falava no Pátio da Galé, em Lisboa, na apresentação pública da Comissão de Honra da candidatura da coligação 'Mais Lisboa' (PS/Livre), liderada pelo atual presidente da Câmara Municipal da capital, Fernando Medina.
Num discurso de cerca de 20 minutos, o secretário-geral do PS abordou a presidência da câmara municipal de Lisboa de Jorge Sampaio, que faleceu na sexta-feira passada, e de João Soares, para referir o "trabalho extraordinário" feito por ambos nos anos 90, que conseguiu identificar as "grandes necessidades" e "emergências" que a cidade vivia naquela época, como a "chaga das barracas".
Fazendo a ponte com a situação atual, o secretário-geral do PS apontou que os desafios atuais "são completamente diferentes, mas não são desafios menores", e referiu que, em Lisboa, "travam-se duas das maiores batalhas estratégica" de Portugal: o combate às alterações climáticas e o desafio demográfico.
Segundo António Costa, o candidato do PS à Câmara de Lisboa assumiu "desde a primeira hora" ambos os desafios como "grande prioridade" da sua candidatura, e destacou o historial de Medina enquanto presidente da Câmara em ambas as áreas.
"Lisboa não foi a capital verde da Europa em 2020 por acaso. Foi (...) graças ao trabalho extraordinário que (...) Fernando Medina e a sua equipa desenvolveram, em particular para assumir a mobilidade urbana, o transporte público, a mobilidade suave, como elemento fundamental da vida social do futuro", salientou.
No mesmo sentido, o secretário-geral do PS referiu que Medina foi o primeiro presidente de câmara a conseguir "ter o controlo dos transportes públicos na cidade de Lisboa", tendo comprovado, através do passe único, que "os transportes públicos confiados à Câmara Municipal funcionam muito melhor e respondem muito melhor do que quando não eram confiados à Câmara Municipal".
"E é por isso que temos de continuar a investir em conjunto. (...) Já está em curso a obra para fazer a linha circular que vai ser fundamental para melhorar o desempenho e a eficiência do metro na cidade de Lisboa. Mas no PRR (...) está também prevista a criação de uma nova linha para a extensão de uma vez por todas da linha vermelha até à zona ocidental da cidade", anunciou.
No que se refere ao desafio demográfico, António Costa referiu que se trata de uma área que diz respeito tanto aos mais idosos, como à necessidade de "rejuvenescimento da cidade" de Lisboa.
Em ambos os casos, o secretário-geral do PS indicou que Medina está a mostrar progressos: além de referir que o programa de desenvolvimento da rede de cuidados continuados em Lisboa "está a andar, vai continuar a andar, e vai ser concluída para a proteção" dos idosos, António Cota adiantou também que, no que se refere aos jovens, o programa que está hoje em curso de rendimento acessível "não tem comparação com o que esteja em curso em mais nenhum outro município do país".
O secretário-geral afirmou ainda que "rejuvenescer a cidade não é só um objetivo estatístico", mas também "ter uma visão do que é o futuro da cidade", e indicou a estratégica demográfica de rejuvenescimento da cidade casa com a "estratégia de fazer de Lisboa a grande cidade universitária da Europa" e o "maior ecossistema de empreendedorismo, de 'start-ups', de novas empresas", que possam "dinamizar e criar emprego de melhor qualidade".
"Porque é isso que tem permitido atrair para Lisboa já grande parte do investimento direto estrangeiro que aqui tem vindo a instalar-se no nosso país, porque encontra nesta cidade os recursos humanos altamente qualificados que lhes permite desenvolverem-se", apontou.
António Costa -- que também foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 2007 e 2015 -- concluiu referindo ser uma "agradável surpresa" verificar que o seu sucessor conseguiu fazer de Lisboa "uma cidade ainda mais bonita".
"E é continuar Fernando, porque é sempre possível fazer mais, fazer melhor. Há sempre Intendentes à espera de ti, há novos espaços públicos para recuperar", terminou.
Além de Fernando Medina (PS/Livre) concorrem à Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), João Ferreira (PCP), Manuela Gonzaga (PAN), Bruno Horta Soares (IL), Tiago Matos Gomes (Volt Portugal), Nuno Graciano (Chega), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).
Leia Também: Jerónimo diz que "é bom que o PS passe das palavras" aos atos