Numa pergunta apresentada hoje na Assembleia da República, dirigida ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o deputado José Cesário recordou que, "ao longo dos últimos anos, com o agravamento da crise socioeconómica da Venezuela, inúmeros setores" da comunidade portuguesa naquele País começaram "a sofrer gravíssimas consequências do aumento da pobreza".
"Sobretudo no domínio da saúde, surgiram gravíssimas carências que afetaram e afetam um crescente número de cidadãos portugueses residentes naquele país, os quais começaram a ver-se progressivamente impossibilitados de adquirir medicamentos fundamentais para as doenças de que padecem", prossegue a missiva.
Por esta razão, Portugal e outros países optaram pela distribuição local dos "medicamentos mais necessários e procurados, o que veio dar um contributo extraordinário para os cidadãos afetados poderem superar, pelo menos parcialmente, os graves problemas com que se têm confrontado".
No último ano, segundo o PSD, os medicamentos deixaram de ser distribuídos pelos serviços consulares, que, apenas uma vez, os terão recebido de Portugal.
"Importa assim que o Governo não fique parado e encontre soluções alternativas às tradicionais para o envio urgente de tais medicamentos, ajustando-se à nova realidade resultante das dificuldades de acesso à Venezuela", defendem o deputado social-democrata.
José Cesário pretende saber se o Governo tem conhecimento que "há largos meses não há distribuição de medicamentos junto dos setores mais carenciados" da comunidade portuguesa na Venezuela e se existe algum "plano alternativo ao habitual para o envio de tais medicamentos para aquele país".
Nesta pergunta, o PSD questiona ainda o executivo sobre a data para o reinício da distribuição de medicamentos"
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