"Vamos segurar este grande ativo que é a estabilidade", pede Montenegro

O primeiro-ministro pediu hoje ao parlamento que segure "o grande ativo" que é a estabilidade política do país, defendendo que o Governo tem "um rumo para transformar Portugal".

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Lusa
21/02/2025 18:40 ‧ ontem por Lusa

Política

moção de censura

Luís Montenegro falava no parlamento no encerramento do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, que tem na origem a situação da empresa da qual o primeiro-ministro foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos de ambos.

 

"Este Governo tem respondido à crescente instabilidade exterior com uma liderança estabilizadora no seio do nosso país. Liderar pela estabilidade é condição de sucesso para o futuro do país. Assumo aqui um compromisso, que é um pedido para todos: vamos segurar este grande ativo que é a nossa estabilidade", apelou.

Poucos minutos antes da votação da moção de censura do Chega, Montenegro apelou a que a estabilidade política seja mantida para que o país possa "construir mais crescimento, criar mais riqueza" e mais justiça social.

"É esse o caminho de liderança, de estabilidade e de esperança que Portugal precisa e é disso que nós vamos continuar a falar", afirmou o primeiro-ministro.

Na intervenção de encerramento, Luís Montenegro nunca se referiu à moção de censura do Chega, nem respondeu a algumas perguntas que lhe tinham sido deixadas no final do debate pela líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, tendo deixado seis minutos por usar de tempo disponível nessa fase.

O primeiro-ministro considerou que se vive atualmente "a maior transformação geopolítica desde a segunda Guerra Mundial", que exige "um Governo firme e determinado, que garanta estabilidade e previsibilidade ao país, aos cidadãos, às famílias, às empresas".

"Em tempos tão desafiantes, o país não precisa de hesitação, que assenta em receitas do passado, nem de populismo, que assenta em fantasias do futuro", considerou.

Montenegro aproveitou os dez minutos finais da sua intervenção para fazer um balanço da governação em várias áreas e para também deixar alguns compromissos para o futuro.

"Portugal é hoje, para quem cá está e aos olhos de Europa, um país de estabilidade e um país de esperança. Mas realizar esta esperança exige um Portugal em movimento, exige mais ação, mais ação na atração de investimento, nacional e estrangeiro", disse.

Como exemplo, apontou "o enorme projeto industrial" de construção da fábrica de baterias de lítio para automóveis da chinesa CALB em Sines, que será lançado na segunda-feira, com um investimento aproximado de dois mil milhões de euros, Em breve, anunciaremos mais impulsos decisivos e estruturais no desenvolvimento das infraestruturas de transportes e urbanização. E bem assim na transição ecológica e na transição digital, investindo, por exemplo, no grande projeto da 'água que une' ou na digitalização e inteligência artificial", afirmou.

Por outro lado, disse que o Governo irá continuar a liderar "uma nova agenda social, voltada para combater as quatro chagas sociais concretas que têm um enorme impacto na vida de cada pessoa e de muitas famílias".

"Violência doméstica, aumento da toxicodependência, multiplicação dos sem-abrigo e uma dimensão enorme na sinistralidade rodoviária. Quatro flagelos que interrompem vidas, que arrasam famílias, que destroem sonhos", elencou.

Montenegro defendeu que o executivo PSD/CDS-PP é "o Governo de um novo consenso, de um novo contrato social" e "nada o vai desviar" do seu rumo.

"Sim, é possível baixar os impostos para os jovens enquanto se aumentam as pensões, a segurança e o acesso à saúde para os mais velhos. Sim, é possível salvar o Estado Social e os serviços públicos essenciais enquanto se mobiliza oferta privada e social para garantir um acesso universal", afirmou.

Por outro lado, defendeu, "é possível regular a imigração com capacidade e dignidade na integração dos imigrantes assegurando tranquilidade e prosperidade para todos".

"Este Governo liderou e vai continuar a liderar na descida dos impostos sem pôr em causa o equilíbrio financeiro. O tempo da desculpa das contas certas para aumentar impostos e degradar serviços públicos acabou", disse.

[Notícia atualizada às 18h57]

Leia Também: Chega desafia Governo. Montenegro pede que "não façam figuras"

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