BE considera que nacionalização da REN "é mais importante que nunca"

 A coordenadora nacional do BE defendeu esta terça-feira que a nacionalização da REN - Redes Energéticas Nacionais "é mais importante do que nunca", após o apagão de segunda-feira, e considerou que a comunicação do Governo ao país "foi tardia".

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© Flickr/ Esquerda.net/ Ana Mendes

Lusa
29/04/2025 13:10 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Apagão

"A nacionalização da REN, que é a proposta que o Bloco tem vindo a pôr em cima da mesa, é hoje mais importante do que nunca e é hoje mais visível que nunca esta prioridade", considerou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, um dia depois do apagão elétrico que afetou o território continental e Espanha.

 

Na ótica da bloquista, "mais do que nunca se prova que a soberania de Portugal depende da sua capacidade para gerir, para controlar os sistemas de distribuição elétrica e a rede de eletricidade".

"É óbvio que uma rede pública não evitaria todos os problemas, mas este evento mostrou-nos a fragilidade, mostrou-nos o quão sensível é a gestão desta rede pública em caso de estar ao serviço de interesses que não são o interesse do país", argumentou.

Mortágua considerou ainda que a comunicação do Governo acerca do corte generalizado de abastecimento elétrico "foi tardia" e deixou críticas às declarações do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que cerca de uma hora depois do início do apagão admitiu a possibilidade de um ciberataque.

"Houve uma comunicação por parte de um ministro do Governo que foi irresponsável porque não tinha na sua posse todas as informações que necessitava para falar e porque contribuiu para gerar desinformação e esses foram erros que têm que ser apontados", advogou.

A coordenadora do BE rejeitou fazer deste caso um tema de campanha eleitoral ou de "confronto político", reiterando que o evento "revelou a suscetibilidade da rede elétrica nacional".

Mariana Mortágua lembrou que o BE já alertou para um parágrafo do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, no capítulo dedicado à "análise da situação nacional", que menciona que "ao nível económico, a presença de operadores e fornecedores estrangeiros, considerados de risco, em infraestruturas críticas e setores estratégicos nacionais, mereceu avaliação preventiva de ameaças à segurança interna, considerando, igualmente neste contexto, a salvaguarda da segurança económica nacional".

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

Leia Também: Ventura quer "auditoria urgente" para esclarecer causas do apagão

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