PAN diz que só "forças políticas frescas" farão diferença

A porta-voz do PAN disse na quinta-feira que só "forças políticas frescas" podem "fazer a diferença" em câmaras como a de Lisboa, onde considerou que nada mudará por este ano o PS se ter aliado ao Livre.

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Lusa
24/09/2021 06:45 ‧ 24/09/2021 por Lusa

Política

Autárquicas

"Desengane-se quem acredita que um outro executivo liderado por [Fernando] Medina vai mudar agora, com ou sem o Livre. Ou que a solução Partido Socialista mais Bloco de Esquerda vai mudar a cidade", afirmou Inês de Sousa Real, numa alusão ao acordo de governação que o BE assinou com o PS em Lisboa na legislatura autárquica que termina no domingo, dia das eleições locais.

A porta-voz do PAN lembrou que o PS e PSD têm governado Lisboa em alternância, como acontece noutras cidades e noutras instâncias do poder.

"Não são estas forças políticas (...) que vão fazer a diferença. São as novas forças políticas, forças políticas frescas, inspiradoras como o PAN, forças políticas que aliam a razão ao coração e que sabem trabalhar com e para as pessoas", disse Inês de Sousa Real, durante um jantar em Lisboa com candidatos nas listas das autárquicas de domingo e apoiantes do Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

Ao longo de um discurso de quase meia hora, Inês de Sousa Real criticou a gestão do socialista Fernando Medina, em colaboração com o BE, dizendo que "Lisboa transformou-se na cidade dos planos e estratégias não executadas" ou que há uma "gestão opaca" na câmara na área do urbanismo, invocando os casos "a caminho da justiça" relacionados com o antigo vereador Manuel Salgado.

Em paralelo, a porta-voz do PAN invocou o trabalho do partido na Assembleia Municipal de Lisboa nos últimos oito anos, referindo que foi, por exemplo, a primeira força a falar em ciclovias em 2013 ou a propor um observatório dos direitos humanos recusado pelo executivo mas que "agora vai aparecer por milagre no programa da coligação liderada por Fernando Medina".

"Fonte de inspiração, o PAN. É este o efeito PAN", disse Inês de Sousa Real às dezenas de presentes no jantar, que a interromperam por diversas vezes com aplausos e gritos de "Somos PAN".

Inês de Sousa Real reivindicou trabalho e propostas do PAN em Lisboa na área social (como na resposta aos sem-abrigo), na proteção animal (como a criação da Provedoria do Animal) e nas questões ambientais e criticou Medina por promessas não cumpridas na área da habitação ou da toxicodependência (das três salas de consumo assistido de drogas anunciadas, só uma está a funcionar) e por falta de medidas para responder à crise climática.

"Lisboa precisa de uma mudança radical e essa não vai acontecer com quem lá está. O voto útil não é PS nem PSD, o voto útil é no PAN, o único partido ambientalista, progressista", reiterou Inês de Sousa Real que pediu aos eleitores para darem a oportunidade ao partido, que é "de pontes e de diálogo", de entrar nos executivos camarários em Lisboa e no resto do país.

Na véspera do fim da campanha eleitoral das autárquicas, Inês de Sousa Real garantiu ter encontrado pelo país, nas últimas semanas, "cada vez mais" pessoas "solidárias" e "recetivas" à mensagem "ambientalista, humanista e também orgulhosamente animalista" do PAN e pediu aos eleitores para se "fazer história" no domingo com a eleição dos primeiros vereados do partido.

Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no domingo, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

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