"O acordo alcançado na COP29, em Baku, que permite triplicar o financiamento climático até 2035, ficou aquém do que a Organização das Nações Unidas (ONU) tinha identificado como necessário. Temos de aumentar a ambição a caminho da COP30 no Brasil", lê-se numa publicação de Pedro Nuno Santos na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter).
O secretário-geral do PS considera, contudo, que da COP29 "fica a boa notícia dos avanços na regulamentação do artigo 6.º do Acordo de Paris, que permitirá reforçar a credibilidade dos sistemas dos créditos de acordo", sustentando que são essenciais para se alcançar "os objetivos climáticos e financiar os países do Sul Global".
"A ciência diz-nos que se nada ou pouco fizermos, viveremos as consequências das alterações climáticas associadas ao aumento da temperatura global. O mundo não pode desacelerar os seus esforços", defende Pedro Nuno Santos.
Os países de todo o mundo aprovaram em Baku, na conferência da ONU sobre o clima, um acordo que prevê um financiamento anual de pelo menos 300 mil milhões de dólares para os países em desenvolvimento.
Após duas noites de horas extraordinárias na conferência, a COP29, os países pobres e vulneráveis resignaram-se a aceitar o compromisso financeiro dos países desenvolvidos até 2035, o que aumenta o seu compromisso atual que estava fixado nos 100 mil milhões de dólares por ano.
Desde o início da conferência que os países em desenvolvimento exigiam muito mais dinheiro, para os ajudar na transição energética mas também para fazerem face aos problemas causados pelas alterações climáticas.
A reunião deste ano tinha como ponto principal da agenda a definição de um novo montante de apoio.
O novo objetivo financeiro dolorosamente adotado na COP29, em Baku, "é uma apólice de seguro para a humanidade" face aos impactos das alterações climáticas, mas "não é altura para voltas de honra", reagiu o diretor da ONU Clima, após a aprovação do acordo, já no dia hoje na capital do Azerbaijão (hora local).
"Nenhum país conseguiu tudo o que queria e estamos a sair de Baku com uma montanha de trabalho para fazer. Por isso, não é altura para dar voltas de vitória", afirmou Simon Stiell em comunicado.
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