Esta posição foi assumida por João Leão em declarações aos jornalistas, momentos depois de ter entregado ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, a proposta de Orçamento do Estado para 2022.
Interrogado se espera que o PCP, Bloco de Esquerda, PEV e PAN contribuam para a viabilização da proposta orçamental, o titular da pasta das Finanças respondeu: "Este Orçamento é bom para o país e para os portugueses. Não vemos como é que este Orçamento não será aprovado na Assembleia da República", disse.
Questionado qual o grau de disponibilidade do executivo socialista para aceitar propostas das outras forças políticas e do PAN, João Leão também procurou desdramatizar o processo negocial no parlamento.
"Nos últimos anos sempre tivemos abertura e não será diferente este ano para discutir e dialogar com os diferentes partidos que têm viabilizado o Orçamento do Estado. Temos, naturalmente, essa abertura para negociar com os partidos, mas num quadro de escolhas, de responsabilidade e servindo os interesses do país", ressalvou o ministro.
Também na questão sobre as dificuldades que teve para aprovar a proposta de Orçamento em Conselho de Ministros, João Leão invocou o seu percurso político no Ministério das Finanças.
"Este é o sétimo Orçamento que apresento, cinco ao lado de Mário Centeno como ministro das Finanças e dois sendo eu ministro das Finanças. Nesse sentido, este processo não foi diferente dos outros", alegou.
Segundo o ministro de Estado e das Finanças, os processos de elaboração dos orçamentos "são sempre escolhas exigentes, com muito diálogo e colaboração de todos".
"Este Orçamento não é diferente nas exigências que tem. Todos os orçamentos têm uma dimensão de negociação, não só dentro do Governo, mas também com os partidos", acrescentou.
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