Rio quer adiar eleições diretas para depois da votação do Orçamento
Líder social-democrata entende que "o PSD, e particularmente o seu Conselho Nacional, deviam ponderar muito bem se devem, efetivamente, marcar as eleições diretas e o Congresso para estas datas", ou se não devem "marcar as eleições e adiar para um novo Conselho a reunir depois da votação do Orçamento".
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Política PSD
Rui Rio chamou os jornalistas, esta quarta-feira, para uma declaração na Assembleia da República para versar sobre as eleições diretas no PSD, cujas datas foram hoje propostas e serão amanhã votadas em Conselho Nacional. "A proposta de dia 8 de janeiro atiraria o Congresso para fevereiro" e significaria que o partido ficaria diversos meses "suspenso", começou por apontar, destacando que a proposta de 4 de dezembro leva ao mesmo resultado, "mas durante muito menos tempo".
Contudo, e "face ao que está a acontecer no país, com a probabilidade de o Orçamento do Estado poder não passar, na generalidade ou depois na votação final global", o líder diz entender que "o PSD e particularmente o seu Conselho Nacional daqui até lá deviam ponderar muito bem se devem, efetivamente, marcar as eleições diretas e o Congresso para estas datas, ou se não devem, antes, não marcar as eleições e adiar para um novo Conselho a reunir depois da votação do Orçamento".
Rio foi mais longe e chamou a atenção para o facto de que "se o Orçamento do Estado não passar, como pode acontecer, o PSD é apanhado em plenas diretas, com um Congresso a realizar em janeiro ou fevereiro, e completamente impossibilitado de disputar umas eleições legislativas taco-a-taco".
Assim, "independentemente da proposta que nos cumpre fazer estatutariamente", há "um facto político muito relevante que é em parte do interesse do PSD, mas também do interesse de Portugal", uma vez que, "se tivermos eleições, os portugueses querem um PSD capaz de combater o PS e fazer umas eleições perfeitamente normais". O que será "difícil" se o Conselho Nacional não "ponderar".
Direção propõe eleições diretas no PSD em 4 de dezembro
De recordar que a direção do Partido Social Democrata (PSD) propôs, esta quarta-feira, que as eleições diretas do partido - com vista à escolha do próximo presidente - se realizem no dia 4 de dezembro. Uma eventual segunda volta ocorrerá uma semana depois, no dia 11. Já quanto ao Congresso, avança a Lusa que este irá ter lugar entre 14 e 16 de janeiro, de sexta a domingo.
Os conselheiros nacionais receberam, além desta proposta, uma "hipótese de cronograma", em que as diretas se realizariam em 8 de janeiro (e, caso não existisse maioria absoluta de nenhum candidato no primeiro sufrágio, uma segunda volta no dia 15). Neste caso, o 39.º do PSD Congresso realizar-se ia entre 4 e 6 de fevereiro, um calendário mais aproximado dos atos eleitorais de 2018 e 2020 (diretas em janeiro e reunião magna em fevereiro).
Em qualquer dos cenários, o congresso social-democrata acontecerá no Centro de Congressos de Lisboa.
[Notícia atualizada às 19h51]
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