Nuno Melo recusa adiar Congresso. "CDS vive tentativa de golpe de estado"
O candidato à liderança do partido garante que Francisco Rodrigues dos Santos está com medo de perder as eleições internas.
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Política CDS-PP
Nuno Melo não aceita que o Congresso do CDS-PP, marcado para o final de novembro, seja adiado e acusou, esta quinta-feira, o atual líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, de estar com medo de perder as eleições internas.
"Até 1975, debaixo de fogo, o CDS realizou o seu congresso. Não é agora, chegados a 2021 que vamos expropriar os militantes da sua capacidade de decidirem o que querem em relação ao seu futuro [...]. O CDS vive hoje o primeiro ato de tentativa de golpe de estado institucional que eu quero denunciar e repudiar vivamente", atirou o candidato à presidência do CDS-PP.
Para Nuno Melo, Francisco Rodrigues dos Santos só quer adiar o Congresso porque percebeu que "esta candidatura recebeu muitos apoios de Norte a Sul de Portugal, nos Açores e na Madeira", uma atitude que considera ser "ilegal e imoral" e que tem como único objetivo "manter-se ilegitimamente no poder".
Lembra Nuno Melo que, se houver eleições legislativas no final de janeiro ou fevereiro, o atual líder do partido "já estará fora do mandato porque o mandato termina em janeiro".
"Quem tem medo de ir a votos dentro, dificilmente terá capacidade para conquistar votos fora", atirou ainda o centrista.
Recorde-se que o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, solicitou hoje a convocação de uma reunião urgente do Conselho Nacional para "deliberar sobre a realização" do congresso eletivo do partido, marcado para o final de novembro.
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