Michael Seufert deixa o CDS. "O CDS que eu conheci, morreu"

Antigo deputado revelou a decisão nas redes sociais e deixou críticas à atual liderança.

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Tomásia Sousa
30/10/2021 21:25 ‧ 30/10/2021 por Tomásia Sousa

Política

CDS

O antigo deputado do CDS Michael Seufert, anunciou, este sábado, que está de saída do partido. "O meu percurso no CDS termina hoje", afirma.

"O CDS que eu conheci, morreu. Não porque está liderado pelas pessoas erradas - que está, mas isso é sempre passageiro - mas porque desistiu de si mesmo, dos seus militantes e de ter um projeto para Portugal", escreveu numa publicação no Facebook.

"Porque face a eleições legislativas que ainda nem estão marcadas se acobardou de encontrar a clarificação interna e um projeto nacional de que os partidos não podem ter medo sob pena de o deixarem de ser. Quem tem medo de no seu partido ir a votos, não vai convencer mais ninguém", continuou o antigo deputado, presidente da Juventude Popular entre 2009 e 2011.

Michael Seufert recorda que se filiou há mais de 20 anos e que viveu "alguns dos melhores momentos" da sua vida graças a essa decisão. "Fui dirigente local, nacional, presidente, autarca e deputado", enumerou.

"Continuarei a lutar por isso, agora órfão de partido e com uma tristeza enorme. O CDS tinha uma história ímpar de combate ao socialismo e reunia muitas formas diferentes de fazer esse combate. A lista que no Porto apresentámos ao Congresso agora "desconvocado" é tributo de que é possível, em nome disso, juntar quem por várias razões andava desavindo. Foi uma lista de excepcional qualidade e tenho a certeza de que a sua mera existência contribuiu para o pânico na sede nacional do CDS", acrescentou o centrista.

Na sexta-feira, o Conselho Nacional de Jurisdição deu razão ao candidato à liderança do CDS, considerando "nula e sem qualquer efeito a convocatória do Conselho Nacional", segundo um documento a que a Lusa teve acesso, uma vez que a convocatória para a reunião não teria sido feita segundo as normas do partido.

Ainda assim o Conselho Nacional reuniu e o seu presidente, Filipe Anacoreta Correia, admitiu a realização de uma nova reunião do órgão máximo do partido entre congressos para ratificar as decisões tomadas nesta reunião e afastar dúvidas quanto à legalidade.

Hoje, vários militantes do CDS anunciaram a sua saída do partido, nomeadamente o ex-secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes, que considerou que "o CDS das liberdades deixou de existir".

Leia Também: Nuno Melo vai recorrer para o tribunal do CDS. "Luta pela decência"

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