PSD de Gaia congratula-se com "votação histórica" para a concelhia
O PSD de Vila Nova de Gaia apontou hoje a "participação expressiva" e a "votação histórica" nas eleições de sábado para os novos órgãos concelhios, em que Rui Rocha Pereira foi escolhido para presidir à comissão política.
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Política Vila Nova de Gaia
"Concorreu ao ato eleitoral uma única candidatura que, não obstante o fim de semana prolongado e as condições climatéricas adversas, obteve uma participação expressiva e uma votação histórica, em contexto de lista única, tendo sido eleito presidente da comissão política Rui Rocha Pereira e presidente da mesa do plenário José Carlos Filipe Ramos", refere a concelhia social-democrata em comunicado.
Segundo avança, "num universo de quase 884 eleitores, participaram 330 militantes, que correspondem a mais de 37% dos inscritos, e os novos órgãos políticos do PSD Gaia foram eleitos com 305 votos a favor e apenas 25 votos brancos e nulos".
"Infeliz e estranhamente, ao contrário do que, a espaços e intermitentemente, têm veiculado alguns órgãos de comunicação social, há muitos oportunistas, muita crítica soez, muitos apelos ao boicote eleitoral até, mas também muita pouca vontade de debater projetos e ainda mais falta de coragem de levar as ideias a sufrágio", sustenta.
No domingo, em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do núcleo de Mafamude do PSD, Rui Pedro Gonçalves, fez duras críticas à forma como decorreu o processo eleitoral e anunciou a constituição, por um grupo de militantes, do movimento 'Reativar PSD de Gaia', para "criar uma alternativa à linha política" que tem conduzido a concelhia nos últimos seis anos, sob liderança de Cancela Moura.
Apresentando-se como porta-voz do movimento, Rui Pedro Gonçalves explicou que a iniciativa surgiu na sequência da convocação, "quase em silêncio e surdina", das eleições para a concelhia, que garante terem registado "a pior" participação "de todos os tempos", com "apenas 6% dos 5.500 militantes inscritos" a votarem.
"Como já era espectável, deste golpe manhoso e traiçoeiro, que castrou a liberdade democrática dos militantes livres do PSD, somente uma candidatura teve condições de ser constituída. Candidatura que foi preparada às escondidas, antes mesmo de as eleições serem agendadas, numa sintonia de calendário orquestrada pelo anterior líder concelhio Cancela Moura que, na impossibilidade estatuária de se poder recandidatar, preparou e antecipou, com o seu jeitinho manhoso, a sucessão para um seu 'fiel depositário', que garante executar tudo o que o seu amigo Cancela Moura desejar", afirmou.
"Cancela Moura não é formalmente presidente da concelhia, mas vai, com o seu jeito manhoso, continuar a comandar a comissão política através do seu mensageiro, agora eleito presidente", acrescentou o vice-presidente do núcleo de Mafamude.
No comunicado hoje divulgado, a concelhia gaiense garante, contudo, que, "ao contrário do que alguns, felizmente poucos, prometem e profetizam nas redes sociais, não há oposição, nem alternativa ao caminho de credibilidade e à linha política seguida pelo PSD Gaia desde 2015".
"Teria sido da maior valia para o exercício da democracia interna que a imensa maioria virtual de meia dúzia de militantes, todos dependentes do rendimento mínimo da política, que têm enveredado pela crítica e pelo insulto gratuito, numa espécie de 'vale tudo', tivesse ido a votos para ver quanto vale, em vez de se esconder por detrás de linhas escritas de alguma comunicação social", atira.
"Teria sido mais benéfico que, em vez de se remeterem a jogos de bastidores, atirando a pedra e escondendo a mão, semeando a discórdia, a mentira e o oportunismo, apresentassem ideias, projetos e propostas e se submetessem ao escrutínio democrático dos militantes do PSD Gaia", acrescenta.
De acordo com a concelhia laranja, estes críticos "são os mesmos que, nos últimos seis anos, estiveram sempre ausentes de qualquer reunião, que se demitiram da sua participação cívica e política" e de quem não se conhece, "em público ou em privado, qualquer contributo, opinião ou alternativa".
"Os mesmos que fizeram falta de comparência ao debate interno, não deram a cara por uma ideia, não compareceram a uma única ação de campanha ou negaram sempre o simples contributo numa reunião plenária de militantes", sustenta.
"Os mesmos que foram profissionais da política, sem mérito e sem reconhecimento, que desvalorizam o humilde e abnegado trabalho dos militantes de base e aguardam apenas pela melhor oportunidade para assaltar lugares, quando o PSD for novamente poder", prossegue.
A concelhia do PSD de Gaia termina fazendo um "agradecimento público" ao anterior presidente da comissão política, Cancela Moura, elogiando o seu "sentido de missão" e "de responsabilidade" e a "nobreza de caráter" e a "coragem" com que "assumiu o desafio de ser candidato à presidência da câmara municipal, sobretudo nas circunstâncias em que o fez".
"A comissão política legitimamente eleita continuará a reativar o PSD Gaia do estado comatoso em que recebeu o partido em 2015 e trabalhará afincadamente na agregação e unidade do partido em torno das nossas causas comuns, renovando um caminho afirmativo e consolidado onde todos contam, incluindo aqueles que se demitiram das obrigações que decorre da sua condição de militante", remata.
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