"Eleições no dia 30 de janeiro significa que teremos de apresentar as listas fechadas no dia 20 de dezembro e por isso todos os nossos esforços, toda a nossa força anímica, todos os nossos recursos têm de estar absolutamente centrados na preparação de uma alternativa para oferecermos ao país e uma alternativa de programa político, de equipas, que permita recuperar a confiança de todos os eleitores que nos abandonaram as últimas eleições legislativas", defendeu.
Cecília Anacoreta Correia falava aos jornalistas na sede nacional do CDS-PP, em Lisboa, depois da comunicação ao país por parte do Presidente da República, na qual anunciou a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições legislativas para 30 de janeiro.
A porta-voz centrista recusou também que a data escolhida pelo Presidente da República retire argumentos à direção para o adiamento do congresso.
"O facto de as eleições serem a 30 de janeiro significa que temos apenas seis semanas para preparar todo um processo de campanha eleitoral, que é uma campanha particularmente importante para o nosso partido", indicou.
Para Cecília Anacoreta Correia "há um impedimento de facto, prático" para que o congresso do CDS-PP se realize nas datas em que estava marcado antes do adiamento, 27 e 28 de novembro.
Questionada sobre o facto de o mandato do líder, de dois anos, terminar dias antes da data das eleições, a dirigente centrista considerou que "Francisco Rodrigues dos Santos é o líder do CDS, tem mandato no CDS até ao dia da entrega das listas, até ao dia das eleições e permanecerá evidentemente legitimado para exercer o seu mandato até ao dia em que for substituído".
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