CDS não adere à "cultura de medo e de histeria" e pede vacinação massiva
O líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, adiantou que as “incongruências” do governo quanto à situação epidemiológica do país “não são aceitáveis”, apelando a que o executivo tome medidas também no que toca a rutura do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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Política Covid-19
Depois da audiência com o primeiro-ministro sobre as medidas a tomar para o controlo da pandemia, o líder centrista disse, em declarações aos jornalistas, que não há “nenhuma razão plausível para o alarme social” no que toca aos números da Covid-19 em Portugal, sublinhando o “papel exemplar e raro na União Europeia” dos portugueses na adesão à vacinação, que, neste momento, atinge os 87%.
Francisco Rodrigues dos Santos adiantou ainda que as “incongruências” do governo quanto à situação epidemiológica do país “não são aceitáveis”, referindo-se às declarações de António Costa de que o país não pode viver “na sombra da vacinação”.
“Foi o próprio primeiro-ministro que, em julho, disse que haveria uma libertação total depois de atingirmos a imunidade de grupo e, agora, incoerentemente veio dizer que os portugueses não podem viver à sombra da vacinação”, atirou o líder do CDS.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, o único caminho possível para prevenir o número de infetados passa pela aposta “no reforço da terceira dose da vacinação para a população de risco”, além dos cuidados a que as autoridades de saúde apelam “nos grandes aglomerados populacionais”. Ainda assim, o responsável salienta que “não adianta alarmes socais nem aderirmos a uma cultura de medo e de histeria, porque os números mostram rigorosamente o contrário”.
“O governo falhou há um ano e, agora, o único método disponível para evitar males maiores é precisamente manter-se esta linha de vacinação massiva até ao Natal, que permita proteger os grupos mais vulneráveis”, reiterou.
Neste sentido, o líder do partido relembrou as conclusões da reunião com os especialistas na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), nomeadamente que “as vacinas têm 90% de eficácia no que diz respeito a infeções preocupantes e perto de 100% de eficácia perante situações graves de doença”, apelando a que se continue a acreditar no processo de vacinação.
Já sobre a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, Rodrigues dos Santos revelou que "o Governo não tem nada planeado para já".
O centrista apelou também a que o executivo tome medidas no que toca a rutura do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cujas demissões estão a deixar os doentes não Covid “a descoberto”.
“O governo não pode continuar a desviar as atenções perante os sinais de rutura que vamos recebendo do SNS neste quadro de pandemia”, começou por dizer, acrescentando que muitos médicos lhe dizem abandonar o SNS “por não terem recursos e condições para cumprirem a sua missão de defesa dos doentes”.
“Há muito tempo que venho alertando para este problema, para que não se desvie as atenções dos doentes não Covid, que são as vitimas laterais desta pandemia, e continuamos a observar que [o SNS não consegue dar resposta]”, sublinhou, dizendo que a solução do partido passaria por uma via verde de saúde, à qual o governo, “por teimosia”, ainda não recorreu – neste sistema, o governo pagaria todas as despesas de saúde no setor particular e social.
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